"O candidato do PS [Pedro Marques] tem um problema de fundo com os fundos. Porque ele aceita uma proposta que agrava as desigualdades dentro da Europa e agrava a desigualdade dentro do país. Portanto, nos dois critérios, a proposta da Comissão é má para Portugal e nós não podemos aceitar", afirmou à agência Lusa Paulo Rangel.

O deputado europeu do PSD falava à margem de uma iniciativa da Distrital de Castelo Branco da JSD "Democracias XXI", que está a decorrer na vila de Alcains.

"O Governo português, nomeadamente pela mão de Pedro Marques, que era o ministro responsável por essa pasta e por essa negociação, está, digamos, conformado, resignado a perder 7% dos fundos [comunitários], quando países mais ricos como a Finlândia, vai ganhar 5%, a Espanha, que está 15 pontos à nossa frente, ganha 5%, a Itália ganha 6%", sublinhou.

Adiantou ainda que esta situação vai prejudicar, essencialmente, regiões do país onde os fundos de coesão têm mais sentido.

"E, estando nós na zona de Castelo Branco, estamos numa das zonas mais carecidas de investimento, mais carecidas de fundos que possam trazer coesão e equidade do país (…). É fundamental, neste caso, penalizar o PS e, em particular, o seu cabeça de lista que é diretamente responsável por isso", sustentou.

Recordou também que o PSD pôs como ambição, e até, em tempos, fez um acordo com o governo nesse sentido, de não se perder um cêntimo relativamente ao quadro (comunitário) anterior no quadro futuro.

"O que acontece é que a Comissão [Europeia] propôs um novo arranjo, no qual, Portugal perde 7% e países mais ricos vão ganhar", reforçou.

Paulo Rangel responsabilizou ainda o cabeça de lista do PS às europeias pela execução de fundos que considerou "francamente negativa".

"Nós, em 2015, éramos o primeiro país na execução de fundos e hoje estamos em sétimo lugar. E, portanto, quando o ministro Pedro Marques diz que estamos em primeiro, mas não estamos. Está, até, objetivamente, a faltar à verdade", afirmou.

O candidato social-democrata alertou ainda para a importância das eleições europeias e da participação dos jovens, os principais beneficiários da Europa.

"O que sucede, muitas vezes, é que sendo os jovens muito pró-europeus em geral, nem sempre participam nos atos eleitorais e, com isso, numas eleições em que vai haver uma certa tensão entre uma linha mais pró-europeia e uma linha mais anti-europeia, a participação dos jovens é muito importante porque eles são, numa larga maioria, pró-europeus", disse.

"O ‘Brexit' foi um bom exemplo disso. Ficaram em casa e os resultados não foram bem o que gostariam e agora a vida para as próximas gerações vai ser definida por isso", concluiu.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.