No encerramento da convenção temática do Conselho Estratégico Nacional do PSD dedicada aos Assuntos Europeus, Rui Rio situou a votação dos sociais-democratas em 2014 – que em coligação com o CDS-PP foi de 27,7% - na casa dos 19 ou 20%”.

“Nós não vamos para eleições para subirmos muito, nós vamos para eleições para ganhar. Para ganhar temos que subir 13, 14 ou 15%. E eu estou convencido que da forma como a campanha está a correr – teve este interlúdio, mas vai continuar depois dos próximos atos – e estou convencido que vamos para as eleições com a ambição de ganhar”, apontou.

O “interlúdio” a que Rio se referia foi a crise política dos últimos dias, depois de o primeiro-ministro ter ameaçado demitir-se, caso o parlamento aprovasse na sexta-feira, em votação final global, a recuperação integral do tempo de serviços dos professores.

Na sua intervenção, Rio recorreu a um argumento já utilizado pelo cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel, classificando a lista do PS às europeias como “uma prateleira dourada” de antigos governantes de José Sócrates e outros de António Costa.

Rui Rio procurou enumerar as razões para os eleitores votarem no PSD em 26 de maio, pela positiva e pela negativa, apontando neste último caso a degradação dos serviços públicos ou do Serviço Nacional de Saúde.

“E não se esqueçam também que há quem utilize o poder para depois distribuir os amigos e a família socialista por tudo quanto é cargo público”, apelou.

O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, quis também diferenciar as propostas sociais-democratas – que classificou como realistas – das contidas no manifesto do PS.

“O PS tem um manifesto que basicamente é um ato romântico, utópico, idealista. Isto olhando com boa fé, se olharmos de outra maneira podemos dizer que visa enganar os cidadãos”, acusou.

Tal como Rui Rio, Rangel assumiu a ambição de “lutar para vencer as eleições” europeias.