“Meus amigos, não se esqueçam de uma coisa, dia 09, todos, os pais, as mães, os tios, as tias, os avós, as avós, os netos - os netos é um bocado difícil -, mas toda a gente a votar no único partido que não vai para Bruxelas defender os animais, as plantas, os jardins ou eles próprios”, afirmou.
“É o caso de um rapaz que anda aí, que diz que eu sou das teorias da conspiração e com um ar agressivo, com o ar como se ele fosse a última bolacha do pacote, diz 'eu é que sou o bom'. Não é, ele vai para lá para fazer negócios”, criticou, sem nomear.
António Tânger Corrêa discursava no final de uma arruada em Braga, que juntou menos de 100 pessoas e aconteceu momentos depois da arruada do BE, que teve um percurso semelhante.
O primeiro candidato do Chega ao Parlamento Europeu disse que o Chega é o único partido que quer “defender Portugal e os portugueses”.
“Nós somos os únicos que temos Portugal na boca e os portugueses no coração”, defendeu.
O vice-presidente do Chega comprometeu-se também a tratar “de uma forma extremamente séria” os temas da agricultura e pescas, indicando que “os agricultores e os pescadores e as indústrias ligadas à pesca e à agricultura, à agroindústria, podem contar definitivamente com o Chega”.
Na sua intervenção num pequeno palco junto à tenda que o partido tem levado para as arruadas, Tânger Corrêa abordou também o tema da imigração.
“Fomos nós que pusemos no centro da agenda política nacional os problemas com a imigração. Como já disse, nós não somos contra a imigração, pelo contrário, nós somos a favor de uma imigração controlada, boa para o país e boa para a imigração”, sustentou.
O antigo embaixador aproveitou também para criticar a comunicação social, alegando que "fica calada" sobre "os malefícios da extinção do SEF e a vinda, sem qualquer controle, de grupos criminosos para Portugal", sustentando que "quem vê a realidade é o povo português".
"Nós não estamos a inventar nada, nós não estamos a criar uma situação de ódio, nós não estamos a criar uma situação que não existe. Agora, o que nós não compreendemos é que continuem a meter a cabeça debaixo da terra, como as avestruzes, para não ver aquilo que se passa”, criticou.
O candidato alertou que “daqui a dois, três, quatro anos”, Portugal pode atravessar “uma situação que é completamente inexequível para o país”, argumentando que “ninguém quer” que isso aconteça.
Tânger Corrêa acusou também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de se ter comprometido com “um determinado tipo de controlo de imigração”, mas fazer “uma coisa meia 'wishy-washy', nem para cima nem para trás, é como melhoral, nem faz bem nem faz mal”.
O candidato falou ainda sobre corrupção, considerando que “lavra completamente em aberto” na Europa.
“Os meus amigos não têm ideia da quantidade de corrupção que existe neste momento na Europa e é aí que está a génese dessa corrupção, porque se aquilo que importa a Portugal e aos países europeus passa necessariamente por Bruxelas, também a corrupção passa. E essa, por nós, não passará, não passará mesmo”, indicou.
A nível interno, sugeriu que o caso das gemas constitui “um caso de corrupção alicerçada no passado”.
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