Santana Lopes e Paulo Sande ficaram feridos sem gravidade e foram encaminhados para o Hospital de Coimbra, segundo fonte da candidatura. O acidente aconteceu ao final da tarde no sentido norte-sul da A1, depois de terem participado numa ação de campanha em Coimbra.
Perante as notícias, o cabeça de lista da CDU foi o primeiro a desejar uma “recuperação pronta” ao seu adversário e o ex-primeiro-ministro.
Antes e durante a manhã, a campanha continuou com a troca de acusações entre PS, PSD e CDS-PP, com o social-democrata Paulo Rangel e o centrista Nuno Melo a responderam às críticas do secretário-geral socialista, António Costa, pedindo-lhe “serenidade e elevação” e prometendo perdoá-lo por “caridade cristã”.
Depois de, na noite de terça-feira, António Costa ter atirado à direita, que acusou de fazer “campanha suja”, Nuno Melo foi hoje o primeiro a reagir e, durante uma visita ao mercado de Cascais, em Lisboa, falou em “nervosismo” do secretário-geral do PS e desejou-lhe “uma campanha tranquila”.
“Que tenha uma campanha tranquila, que perceba que há mais vida além da política. Nós perdoamos ao doutor António Costa”, afirmou Melo.
Já Paulo Rangel, que hoje arrancou o dia na Fundação Champalimaud, em Lisboa, optou por dar “um conselho” a Costa, pedindo “serenidade e elevação” ao chefe do executivo socialista e lembrou que “o candidato do PS, como ministro [do Planeamento e das Infraestruturas], deixou tudo por fazer”.
O candidato socialista, Pedro Marques, começou o terceiro dia de campanha na “vice-campeã” mundial da bolacha de manteiga – a Dan Cake - a falar de exportações e a apelar ao voto no seu partido, deixando o recado: "É bom falar assim, cara a cara, sem os candidatos a fazerem ruído uns com os outros".
Depois da fábrica de bolachas na Póvoa de Santa Iria, Lisboa, Pedro Marques seguiu para uma fábrica de drones em Ponte de Sor, Portalegre, onde prometeu lutar “até à exaustão” para apelar aos portugueses para que vão às urnas no dia 26, assumindo que a abstenção é o seu “maior adversário”.
Apontando à direita, o socialista considerou ainda que a campanha do PSD tem revelado "falta de elevação" e sugeriu a este partido que mude de estratégia, dizendo que, pela sua parte, está "calmíssimo".
Fora desta troca de críticas ficaram os cabeças de lista de BE e CDU, tendo a bloquista Marisa Matias arrancado o dia três de campanha com uma visita às minas da Panasqueira, no Fundão, onde se juntou à comitiva ambientalistas e Isidro Fernandes, um antigo mineiro que se mostrou um verdadeiro guia pela história e memória daquela que apelidou como a "terra dos pobres".
"Numa altura em que voltam a pairar sobre a Europa as sombras do fascismo, nós cremos que é muito importante termos memória e não esquecermos. A memória é um passo fundamental para construirmos um futuro", disse Marisa Matias.
Também sobre Europa falou, pela CDU, o cabeça de lista João Ferreira que desafiou PS, PSD e CDS-PP a definirem-se sobre o próximo quadro financeiro plurianual da União Europeia, garantindo que os comunistas vão votar contra qualquer corte de verbas a Portugal.
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