Em comunicado a polícia internacional sublinha esta foi uma colaboração com a Polícia Espanhola (Policía Nacional) e a Polícia Colombiana (Policía Nacional de Colombia) sendo que a maioria dos suspeitos colombianos e espanhóis, eram liderados por um ex-membro do agora extinto grupo paramilitar colombiano "Bloque Central Bolívar".

Em dois dias de ação separados em junho de 2024, a polícia prendeu 26 suspeitos e desmantelou um laboratório de extração e processamento de cocaína. Mais 2 suspeitos foram detidos na Colômbia.

Segundo o jornal espanhol El Mundo o laboratório localizava-se debaixo de uma praça de touros instalada em uma propriedade rural de Toledo. Um local incomparável rodeado de um olival e de uma exploração pecuária.

As apreensões incluíram grandes quantidades de drogas e bens criminosos, nomeadamente: 47 quilos de cloridrato de cocaína recém-processada, 20 quilos de base de cocaína (pasta de cocaína processada), dois quilos de cannabis, 3.000 litros e 300 quilos de diversos produtos químicos; três armas de fogo, 245.000 euros em dinheiro e 13 veículos.

A autoridade sublinha que os criminosos usavam um "método sofisticado" para evitar a deteção da droga, nomeadamente injetavam caixas de papel que continham carga legal (como frutas) com base de cocaína. Uma vez enviadas com sucesso em contentores marítimos da Colômbia para Málaga, em Espanha, a organização extraía a base de cocaína do papel e a processava no produto consumível final, pronto para distribuição.

A estrutura logística e empresarial usada para desenvolver e manter essa atividade criminosa foi dissolvida com a ajuda da Europol que apoiou a investigação com suporte analítico e forneceu suporte operacional nos dois dias de ação.

Esta operação serve como um exemplo de uma tendência destacada no EU Drug Markets Report pela Europol e pela Agência de Drogas da União Europeia (EUDA) em que as autoridades policiais em toda a Europa observaram um aumento no número, capacidade e sofisticação de laboratórios criados para a extração e processamento posterior da base de cocaína (bem como, em menor grau, pasta de cocaína) no produto consumível final (cloridrato de cocaína). Normalmente, a cocaína bruta é transportada para a Europa escondida num material transportador (como carvão) para reduzir o risco de deteção em pontos de entrada, como portos e aeroportos.