Ricardo Baptista Leite, que participou hoje na concentração Movimento STOP Eutanásia junto ao parlamento, considera que “o sentimento do PSD é maioritariamente contra os diplomas que vão ser colocados à votação” na próxima semana.

Em declarações à agência Lusa, o deputado afirmou estar convicto de que a maioria dos deputados votará contra a despenalização da eutanásia.

Para Baptista Leite, que é também médico, o debate sobre a morte medicamente assistida não está terminado e por isso não compreende “a pressa” desta discussão.

“Temos eleições para o ano. Porque é que os partidos não incluem a questão no seu programa eleitoral?”, questionou.

Baptista Leite afirma ainda que muitos dos deputados “não estão devidamente esclarecidos” sobre a matéria.

O deputado diz que legalizar a eutanásia é fazer com que o Serviço Nacional de Saúde apenas “ofereça a morte” como alternativa a situações de grande sofrimento.

Por isso, defende uma verdadeira aposta nos cuidados paliativos e também no estatuto do cuidador informal.

O parlamento debate no dia 29 quatro projetos sobre a despenalização da morte medicamente assistida.

O PAN foi o primeiro a apresentar um projeto, ainda em 2017, seguido pelo BE, pelo PS e o Partido Ecologista "Os Verdes".

Todos os diplomas preveem que só podem pedir, através de um médico, a morte medicamente assistida pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável, sendo necessário confirmar várias vezes essa vontade.