“Apresentamos a candidatura para ganhar e esse é o objetivo fundamental. É uma candidatura vencedora” e que se pretende que “possa transformar a cidade de Évora”, afirmou o presidente do município, Carlos Pinto de Sá.
O autarca, que falava aos jornalistas à margem do Workshop Internacional “Culture Capital Cities”, que hoje arrancou na cidade, frisou que a intenção é que a candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027 dê a Évora uma “expressão de ainda maior peso nacional e internacional baseada na cultura”.
“Agora, este trabalho é para ficar na cidade, independentemente de ganharmos ou não. É um trabalho para desenvolver Évora e para servir a sua população, os agentes culturais, todos aqueles que vivem e trabalham em Évora e na região”, realçou.
Segundo Carlos Pinto de Sá, o trabalho que está a ser desenvolvido “com empenho” visa conquistar o “selo” de Capital Europeia da Cultura, mas, ao mesmo tempo, deve ser “produtivo para o desenvolvimento de Évora”.
“Queremos ganhar e estamos convencidos de que temos a melhor cidade e a melhor candidatura para podermos ganhar em 2027 o ‘selo’ de Capital Europeia” da Cultura, afiançou.
A intenção de candidatar Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027 foi anunciada em novembro de 2017, no Salão Internacional do Património Cultural, em Paris, França, tendo a câmara definido 2019 como o ano de "afirmação" do projeto.
À margem do ‘workshop’, que se prolonga até sexta-feira, no auditório da Fundação Eugénio de Almeida, Carlos Pinto de Sá explicou que já foi confirmada a viabilidade da candidatura e que, agora, arranca uma segunda fase do processo.
Com esse “trabalho de casa” já feito, “abrimos as portas e queremos agora que todos aqueles que vivem e trabalham na cidade de Évora e na região possam contribuir” para o processo, disse.
Segundo Pinto de Sá, a candidatura de Évora, a elaborar “ao longo deste ano”, pretende ser “aberta e inclusiva” e abarcar não apenas instituições, mas também a população e agentes culturais.
E, segundo o município, o processo, cuja comissão executiva já envolve um conjunto de entidades regionais, não pode ser apenas um processo de Évora, mas sim de todo o Alentejo.
“Évora vale porque está no Alentejo e o Alentejo tem a ganhar com Évora e nós temos uma identidade alentejana”, que “é o que nos diferencia de qualquer outro ponto do mundo”, destacou, argumentando que esta “é uma qualidade que se transforma em potencialidade para a candidatura”.
A cultura vai estar no centro da candidatura, mas, de acordo com o autarca, deverá “ligar-se com outras questões” importantes na região, como a social, a da participação dos cidadãos e a do património ambiental.
Além disso, Évora, que comemora em novembro os 33 anos da classificação do centro histórico como Património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), quer ser “ousada” como quando conseguiu esse “selo”.
“Já fizemos isso quando Évora teve a ousadia de propor à UNESCO que classificasse um sítio cultural e não apenas um monumento”, algo que “nem sequer estava previsto no regulamento na altura”, e, agora, “pretendemos ter essa capacidade de inovação, de ver mais longe e de romper com barreiras”, afiançou.
Além da autarquia, a comissão executiva da candidatura integra a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, Direção Regional de Cultura do Alentejo, Fundação Eugénio de Almeida e Universidade de Évora.
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