Este arguido foi condenado a uma pena de prisão de sete anos e 10 meses pela prática de um crime de burla qualificada e outro de branqueamento, segundo informação da Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGR-P) na sua página de Internet.

O processo envolvia ainda um segundo arguido que foi condenado a quatro anos de prisão, suspensa na sua execução, por ter ajudado o ex-gestor a esconder o dinheiro referente à transação.

Segundo a procuradoria, ficou provado em julgamento que o ex-diretor-executivo negociou em 2004 com dois empresários a revogação de um contrato de mediação que o BPN tinha celebrado com eles com vista à venda de 41 quadros de Joan Miró.

A indemnização global para os dois empresários seria de 1,25 milhões de euros, sublinhou.

Mas o ex-gestor sustenta a síntese do acórdão, apesar de saber que o valor acordado era de 1,25 milhões de euros determinou a emissão de dois cheques com o valor total de 2,5 milhões de euros.

E, desta forma, dividiu os 2,5 milhões de euros pelos dois empresários, depositando nas respetivas contas um cheque de 1,25 milhões de euros.

“E deu ainda como provado que um daqueles cheques veio a ter como destino, na verdade, a conta do empresário à ordem do qual foi emitido e que desta vieram a sair valores para o segundo empresário”, sublinhou a acusação.

Contudo, o outro cheque acabou na conta do ex-gestor através da conta de um dos empresários, agora condenado.