Este deputado de 44 anos, ministro em 2022 durante a presidência de Emmanuel Macron, foi declarado "testemunha assistida" nos outros dois casos, um estatuto no sistema legal francês reservado às pessoas suspeitas que não reúnem condições para serem indiciadas.
Abad, por sua vez, desmente categoricamente as acusações.
Num comunicado enviado à AFP, alega que "um exame médico realizado por um especialista" para deteção de artrogripose, doença rara da qual padece, "demonstra claramente que a sua deficiência o coloca na impossibilidade física de cometer os atos injustamente imputados".
"As acusações formuladas são materialmente e cientificamente impossíveis", insistiram à AFP os seus advogados, Jacqueline Laffont e Robin Binsard.
Contudo, o advogado da denunciante, Mario Stasi, afirmou que as acusações são "coerentes e coincidentes com as de testemunhas concordantes". "Este indiciamento esperado é lógico", disse.
O caso veio à tona na primavera de 2022 através de uma notícia veiculada no site Mediapart, que continha os testemunhos de duas mulheres que acusaram o político de violações ocorridas em 2010 e 2011.
Estas revelações levaram uma terceira mulher a também denunciar que Abad tinha tentado violentá-la numa festa que ele organizou na sua residência de Paris em 2010, caso pelo qual acabou a ser indiciado.
Abad foi nomeado ministro de Solidariedade, Autonomia e Pessoas com Deficiência em maio de 2022. Logo depois surgiram as acusações de violação e, em julho, deixou o governo.
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