As denúncias contra Salmond, o antigo dirigente independentista que em 2014 levou a Escócia ao limiar da independência com um referendo, foram tornadas públicas pelo jornal britânico Daily Record, na edição de 24 de agosto.
De acordo com o mesmo jornal, as acusações dizem respeito à sua conduta em 2013, durante o seu mandato como líder do Governo escocês (2007-2014), e terão sido apresentadas por dois ex-membros da sua equipa.
Depois de uma investigação interna, o atual Governo escocês, liderado pelo independentista Nicola Sturgeon, do Partido Nacional Escocês (SNP), denunciou o caso à polícia.
Salmond refutou de imediato as acusações e começou a responder em tribunal num processo instaurado pelo atual Governo.
No entanto, numa mensagem de vídeo publicada nas redes sociais na noite de quarta-feira, Salmond anunciou que abandonaria o partido para evitar uma “divisão interna substancial” e os ataques dos partidos políticos rivais.
"Não fui para a política para facilitar os ataques da oposição ao SNP e, com o parlamento a retomar [os trabalhos] na próxima semana, apresentei a minha renúncia para afastar este ataque da oposição", justificou.
O antigo governante disse ainda estar ciente de que "caso o partido se sentisse obrigado" a suspendê-lo, "isso causaria uma divisão interna substancial”.
Alex Salmond renunciou ao cargo de primeiro-ministro em novembro de 2014, poucas semanas depois da vitória do “não” no referendo sobre a independência da Escócia.
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