“Mais de 60 posições de combate das forças arménias [separatistas] estão agora sob o controlo das nossas forças armadas”, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa azeri, Anar Eyvazov, numa conferência de imprensa.

Sobre a questão, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, apelou hoje a Baku para “cessar imediatamente” a ofensiva na região de Nagorno-Karabakh.

“Estas ações estão a agravar uma situação humanitária já difícil em Nagorno-Karabakh e a minar as perspetivas de paz”, afirmou o secretário de Estado norte-americano numa declaração, sublinhando que o uso da força é “inaceitável”, pelo que apelou à “cessação das hostilidades”.

Baku anunciou hoje uma operação militar no enclave devido à morte de quatro polícias e dois civis azeris numa explosão de minas, que atribuiu a separatistas arménios.

A Rússia mantém uma força de manutenção da paz em Nagorno-Karabakh, no âmbito de um cessar-fogo negociado por Moscovo, um aliado tradicional da Arménia, para pôr fim ao anterior conflito na região em 2020.

Nesse sentido, Moscovo apelou já à contenção e disse que foi informada do início da operação “alguns minutos” antes, depois de Baku ter anunciado que avisou as forças russas.

Depois de ter lançado a operação militar, o Azerbaijão exigiu a retirada “incondicional e total” da Arménia de Nagorno-Karabakh e a dissolução do “chamado regime separatista” para alcançar a paz na região azeri.

Nagorno-Karabakh, uma região montanhosa do Azerbaijão de maioria arménia, declarou a independência de Baku na sequência da desintegração da União Soviética, em 1991.

A declaração da independência desencadeou um conflito armado de que saíram vencedores os separatistas apoiados pela Arménia.

Trinta anos mais tarde, no outono de 2020, as forças armadas do Azerbaijão reconquistaram dois terços do território, situado no sul do Cáucaso.