Uma fonte próxima ao grupo libanês Hezbollah disse esta terça-feira que Israel bombardeou o seu reduto no subúrbio a sul de Beirute. Testemunhas relataram uma forte explosão e fumo naquela área nos arredores da capital libanesa.
Entretanto, as Forças Armadas de Israel (IDF) confirmaram ter realizado um "ataque direcionado" em Beirute, visando o comandante do grupo xiita libanês Hezbollah.
"As IDF realizaram um ataque direcionado contra o comandante responsável pelo assassínio das crianças em Majdal Shams (norte de Israel) e pela morte de muitos outros civis israelitas", refere comunicado das IDF, remetendo para mais tarde informações adicionais.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou que o movimento islâmico libanês Hezbollah, pró-iraniano, "ultrapassou a linha vermelha".
Fonte do Hezbollah adiantou à agência France-Presse (AFP) que Fouad Chokr, comandante militar alvo do ataque israelita, sobreviveu ao ataque, que foi confirmado por Telavive como resposta a um bombardamento do movimento xiita sábado nos montes Golã sírios anexados, que custou a vida a 12 crianças.
Segundo a ANN, citada pela agência Efe, o ataque aos subúrbios a sul de Beirute conhecidos como Dahye, um importante bastião do grupo xiita Hezbollah, foi realizado hoje com uma aeronave não tripulada (drone) que lançou três 'rockets' contra o edifício denominado Al Rabiaa, "que era o alvo do bombardeamento hostil em torno do Hospital Bahman".
De recordar que Israel culpou o movimento islamista por um ataque mortal nas Colinas de Golã, no sábado, e ameaçou retaliação.
Segundo o Exército israelita, os ‘rockets’ foram disparados do Líbano pelo movimento islâmico Hezbollah, apoiado pelo Irão, e caíram num improvisado campo de futebol onde muitos jovens estavam a jogar.
Os 12 mortos confirmados tinham idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos e dezenas de outros jovens ficaram feridos, segundo as autoridades locais. O Hezbollah negou estar na origem do ataque mortal.
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