De acordo com a agência de notícias France-Presse, havia nuvens de fumo a subir da área próxima do aeroporto de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) tinham de madrugada emitido um novo aviso ordenando a retirada dos residentes de alguns edifícios no sul de Beirute e daqueles localizados num raio de 500 metros.
O porta-voz das IDF em árabe, Avichai Adrei, disse, num comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter), que o exército iria atacar alvos do movimento xiita libanês Hezbollah na área “num futuro próximo”.
Os edifícios identificados pelas IDF estão localizados nos subúrbios sul de Beirute, especificamente nos bairros de Choueifat al Omara, Burj el Barajneh e Haret Hreik, explicou o porta-voz.
Estes pontos “estão localizados perto de instalações e interesses” do Hezbollah, disse Adrei.
“Para a sua segurança e a dos seus familiares, devem evacuar imediatamente estes edifícios e os edifícios vizinhos e manter-se afastados deles a uma distância não inferior a 500 metros”, acrescentou.
Também esta manhã, o Hezbollah afirmou estar envolvido em confrontos com as tropas israelitas na fronteira entre o sul do Líbano e o norte Israel.
“Os soldados israelitas inimigos tentaram novamente avançar em direção aos arredores da aldeia do município de Adaysseh” e “os confrontos continuam”, afirmou o grupo em comunicado.
As hostilidades na região do Médio Oriente eclodiram depois de o movimento islamita palestiniano Hamas ter atacado Israel, a 07 de outubro de 2023, causando cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em resposta, o exército israelita lançou uma investida contra a Faixa de Gaza que, até à data, causou a morte de aproximadamente 41.800 pessoas, além de mais de 750 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, de acordo com as autoridades locais.
Os atentados de 07 de outubro e a retaliação israelita desestabilizaram toda a região e levaram também à intensificação das hostilidades entre Israel e o Hezbollah e o Irão, ambos aliados do Hamas.
Um avião com 16 cidadãos portugueses e familiares diretos, e de outras nacionalidades, num total de 41 pessoas provenientes do Líbano, aterrou na sexta-feira em Lisboa num C-130 operado pela Força Aérea Portuguesa.
Além dos cidadãos portugueses e respetivos familiares, viajaram também oito libaneses, cinco espanhóis, oito são-tomenses, um brasileiro, um angolano, um russo e um francês.
Foi o segundo voo de retirada de cidadãos portugueses que pediram para saírem do Líbano.
Também na sexta-feira, um avião da Força Aérea do Japão retirou 16 pessoas do Líbano para a vizinha Jordânia, informou o Governo japonês.
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