"O que nos preocupa são sobretudo as pessoas de uma faixa etária mais avançada, com mais dificuldade em recorrer ao centro de saúde de Darque. Ou por falta de meios próprios de transporte, ou por razões de mobilidade", afirmou José Filipe Silva.

Contactado pela agência Lusa na sequência de um comunicado hoje enviado pela Junta de Freguesia, o autarca socialista, eleito nas autárquicas de outubro, explicou que "a extensão de saúde, com cerca de 500 utentes, tinha, até setembro, uma médica que, entretanto, se encontra de baixa".

"A médica que prestava serviço em Vila Nova de Anha e em Chafé está de baixa. Em Chafé já foi colocada outra médica que, por estar ainda a gozar licença de maternidade, não está a fazer o horário completo e, por esse motivo, não cobre a extensão de saúde de Vila Nova de Anha", especificou.

José Filipe Silva revelou ter reunido, em novembro com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) mas lamentou "não ter recebido ainda uma resposta formal afirmativa quanto à reposição daquele serviço".

"Foi-nos comunicado que o serviço em causa seria reposto de forma célere, não obstante o desenvolvimento de esforços e negociações no sentido de se atingir uma solução duradoura e definitiva para esta questão mas até agora continua tudo na mesma".

Contactado pela Lusa, o presidente do conselho de administração da ULSAM, Frankelin Ramos assegurou que, "apesar deste inconveniente, os cuidados de saúde estão sempre assegurados no Centro de Saúde de Darque que dista 2,5 quilómetros da referida extensão".

"Dentro do possível, a ULSAM está a fazer as diligências necessárias, no sentido de resolver a situação, mas, neste momento, não há médico para colocar na extensão de saúde", frisou.

A extensão de saúde daquela freguesia da margem esquerda do rio Lima, localizada nas instalações do centro social paroquial, "já serviu cerca de 1.500 utentes, mas ao longo dos anos, devido à instabilidade do serviço, foi perdendo utentes, contando atualmente com cerca de 500".

"As pessoas foram pedindo a transferência para outros serviços de saúde porque há vários anos que a extensão vive esta instabilidade, ora tem ora não tem médico de família", reforçou José Filipe Silva.

Na nota hoje enviada, a Junta de Freguesia de Vila Nova de Anha manifestou "preocupação pelo facto de a população da vila se encontrar privada do acesso aos cuidados de saúde, vindo pugnar pelo seu restabelecimento e estando, portanto, ao lado da população na busca de soluções para este problema".

A ULSAM inclui o hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima e, 13 centros de saúde espalhados pelo Alto Minho.