Líderes de partidos de extrema-direita de França, Reino Unido, Rússia, Holanda, Itália, Alemanha e Áustria e os neonazis da Grécia já manifestaram o seu agrado com a derrota da democrata Hillary Clinton e a vitória do magnata conservador de Nova Iorque.
A presidente da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen, felicitou Trump, mesmo antes de a sua vitória ser oficialmente declarada: “Felicitações ao novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao povo americano livre”, disse através da rede social Twitter.
O vice-presidente do mesmo partido, Steeve Briois, afirmou que, tendo em conta o ocorrido nos Estados Unidos, uma vitória de Marine Le Pen em França nas presidenciais do próximo ano é também possível.
“A eleição de Donald Trump é uma bofetada aos jornalistas e aos ‘especialistas’ do pensamento único. Uma grande esperança!”, disse Briois, no Twitter.
No Reino Unido, o líder interino do eurocético Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage, brincou com a possibilidade de ser representante de Trump em Bruxelas.
“Vai oferecer-me um trabalho? Espero que o faça. Ele vai precisar de um embaixador eurocético adequado em Bruxelas para a União Europeia. Eu preferiria esse trabalho”, afirmou o político britânico em declarações à rádio de Londres LBC.
Durante a campanha eleitoral norte-americana, Trump fez várias referências a favor do ‘Brexit’ no referendo britânico de 23 de junho, que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia. Por seu lado, Farage manifestou abertamente o seu apoio a Trump.
O líder do ultranacionalista Partido Liberal Democrático da Rússia (PLDR), Vladimir Yirinovski, convidou os jornalistas para um copo de champanhe para celebrar a vitória de Trump.
“Constatamos com prazer que nos Estados Unidos venceu o melhor dos dois candidatos que se submeteram ao veredicto dos eleitores norte-americanos”, disse Yirinovski, citado pela agência Interfax.
O líder do PLDR, uma das quatro formações políticas representadas no parlamento russo, disse que com a chegada de Trump à Casa Branca serão levantadas as sanções contra a Rússia devido à sua participação na crise ucraniana.
Na Holanda, o líder do partido de extrema-direita PVV, Geert Wilders, felicitou Trump por uma vitória que considerou “histórica”.
“Parabéns Donald Trump. A tua vitória é histórica e para todos nós”, disse Wilders numa mensagem no Twitter.
O líder holandês referiu-se à vitória de Trump como uma “revolução”.
Em Itália, o líder do partido de extrema-direita Liga Norte, Matteo Salvini, afirmou que a vitória de Trump significa “a vingança do povo” contra os banqueiros, os especuladores, as sondagens e os jornalistas.
“O povo ganha aos poderes fortes por 3-0″, disse, numa entrevista à emissora oficial da Liga Norte, Radio Padania.
O político italiano assegurou que depois desta vitória dos conservadores dos Estados Unidos e do ‘Brexit’ “é o momento para ser ousado”.
A direita radical da Alternativa para a Alemanha (AfD) felicitou Trump e afirmou que a mudança chegará também ao seu país.
O êxito de Trump “é um sinal de aviso a todo o ‘establishment'”, afirmou a AfD, através da sua conta de Facebook, expressando o desejo de ver, em breve, um primeiro encontro entre Trump e a chanceler Angela Merkel.
Na Áustria, Heinz-Christian Strache, líder do partido da direita populista FPÖ, felicitou Trump e considerou que uma vez mais “a elite esquerdista” foi castigada em eleições.
Já o partido neonazi grego Aurora Dourada celebrou a eleição de Trump para a Casa Branca, que considerou uma vitória contra a “imigração ilegal”, a favor das nações “etnicamente limpas” e dos “estados nacionais contra a globalização”, numa mensagem em vídeo difundida na internet.
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