“As primeiras expectativas para o carro novo (denominado K9) são de aumentar a produção até aos 75 mil carros, o que nos obriga a montar uma terceira equipa (de trabalhadores), que é o que todos esperamos”, afirmou José Maria Castro Covello, em declarações à agência Lusa.

“As expectativas são de que, se tudo correr bem, em 2019 a fábrica tenha que meter uma terceira equipa para suprir as necessidades do mercado”, previu.

Segundo o responsável, na fábrica de Mangualde, no distrito de Viseu, trabalham cerca de 725 pessoas, prevendo-se que no lançamento do novo modelo estarão duas equipas, integrando 650 pessoas.

“Uma terceira equipa incluiria 250/300 pessoas. Além das necessidades próprias da fábrica, haverá um aumento do ‘sourcing’ (abastecimento externo)”, adiantou o responsável à Lusa, indicando que dos atuais 4% de compras a fornecedores portugueses se deverá passar para 25% aquando do novo modelo.

Castro Covello referiu que haverá, assim, “100 empregos indiretos de proximidade que se devem criar”.

Já quanto à produção atual veículo, denominado B9 (Citroen Berlingo e Peugeot Partner), pode ter chegado às 50 mil unidades fabricadas em 2016 (os valores ainda não estão fechados), envolvendo 260 fornecedores e criando 200 empregos indiretos.

Atualmente, a fábrica está a ser preparada para o novo modelo (o K9), cuja primeira caixa deverá ser produzida no final deste ano, estando agendado o lançamento do veículo em 2018.

“Os ensaios estão a ser muito positivos e o carro deverá ser um grande sucesso. Mas temos um pequeno problema em Portugal, que pode ter certos riscos para a atividade industrial, que é o tema das portagens”, admitiu o responsável, indicando que o eixo dianteiro superior a 1,20 metros deixará o K9 de fora da classe que paga menos nas portagens (classe 1).

“Acho que está em vias de solução” a questão das cobranças nas autoestradas, indicou o responsável, numa referência à constituição de um grupo de trabalho e a uma conversa que teve com o primeiro-ministro, António Costa, sobre o tema.

Em causa está a discussão dos critérios de classificação de veículos para pagamento de portagens nas autoestradas, nomeadamente a alteração do critério de altura no eixo dianteiro dos automóveis. A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) já solicitou que dos atuais 1,10 metros se passe para mais de 1,30 metros.

José Maria Castro Covello referiu ainda a aposta do grupo PSA na indústria digital, que será acelerada com a participação no projeto INDTECH 4.0 — novas tecnologias para fabricação inteligente, que terá a duração de 36 meses.

Este projeto envolve um investimento estimado de 12 milhões de euros e junta a PSA de Mangualde, três universidades e cinco parceiros tecnológicos, assente nos seguintes eixos: sistemas robóticos inteligentes (robôs colaborativos), sistemas avançados de inspeção e rastreabilidade (visão artificial), sistemas autónomos de movimentação, fábrica digital e fábrica do futuro.

Anteriormente tinha sido já anunciado o investimento na unidade de Mangualde, até 2018, de cerca de 48 milhões de euros.

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