Segundo o Expresso, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa vai manter o normal funcionamento das atividades letivas esta sexta-feira, havendo os exames previstos para o dia. A direção da instituição emitiu um comunicado que foi divulgado junto das associações e grupos académicos.

De acordo com a CNN, a FCUL estava atualmente em pausa letiva para a realização de exames e o início das aulas está agendado para dia 21 deste mês. Para esta sexta-feira estavam previstos 47 exames de segunda fase, o que junta centenas de alunos no local.

Numa nota enviada à comunicação social, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa congratulou-se com a detenção de um jovem de 18 anos, suspeito de planear uma “ação terrorista” nesta instituição.

“A Faculdade de Ciências, após contacto das autoridades, colaborou estreitamente no contexto da investigação em curso que levou ao desenlace hoje conhecido, com o qual nos congratulamos. O assunto está agora nas mãos das entidades competentes”, apontou.

De acordo com o mesmo documento, o trabalho desenvolvido pelas autoridades permitiu a salvaguarda da segurança do espaço, “não tendo havido, nem havendo, indícios que aconselhem alterar o normal funcionamento da escola”.

Um jovem de 18 anos foi hoje detido pela Polícia Judiciária, que diz ter impedido assim uma “ação terrorista” e ter apreendido várias armas proibidas, anunciou a instituição.

Em comunicado com o título “Impedida ação terrorista”, a PJ diz que a investigação que levou à detenção foi desencadeada “por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa”.

Através da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), a PJ encetou hoje a operação, cumprindo mandados de busca domiciliária.

“Face à gravidade das suspeitas, foi atribuída a máxima prioridade à investigação, a qual permitiria, no dia hoje, às primeiras horas do dia, interromper a atividade criminosa em curso”, detalha.

Segundo a PJ, foram apreendidos “vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais”.

Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, “suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos” e vasta documentação, “além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear”.

O arguido, detido em flagrante pela posse das armas, está também indiciado pela prática do crime de terrorismo. Será na sexta-feira presente a primeiro interrogatório judicial.

Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que o alerta para o atentado terrorista foi dado pelo FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

A mesma fonte confirmou que o detido tem nacionalidade portuguesa e que o ataque estava previsto para esta sexta-feira.

No entanto, a fonte adiantou que seria um atentado a título individual e não teria por detrás a ação de um grupo.

Referiu ainda que relativamente a esta cooperação entre as polícias dos vários países no combate ao terrorismo tem levado os Estados Unidos, na sequência dos atentados do 11 de setembro de 2001, a “fazerem um varrimento regular transversal da ‘dark net’ e de ‘sites’ considerados perigosos, o que tem permitido antecipar atentados terroristas”.