Recorde-se que Archie está em coma com danos cerebrais desde que foi encontrado inconsciente na sua casa, em Southend, em 7 de abril, tendo sido então internado no Royal London Hospital em Whitechapel, leste de Londres.

Archie foi encontrado com uma ligadura enrolada na cabeça, em 07 de abril. Os pais acreditam que poderá ter participado num desafio ‘online’ que terá corrido mal.

Após algumas batalhas legais, a família de Archie baixou os braços na última quarta-feira quando o Tribunal Europeu de Direitos Humanos recusou-se a intervir para adiar a retirada do suporte de vida de Archie.

O mesmo era para ser desligado na manhã de quinta-feira, mas a família apelou ao Supremo de Londres para que este pudesse ser transferido para uma unidade de cuidados paliativos, o que levou ao prolongamento do suporte de vida. O pedido foi recusado.

Os médicos afirmam que Archie está em morte cerebral e que o tratamento de suporte de vida não vai ao encontro dos seus melhores interesses.

Esta manhã, em declarações no exterior do hospital, a mãe, Hollie Dance, disse que ele "lutou até ao fim".

Archie faleceu "às 12h15 de hoje. Gostava apenas de dizer que sou a mãe mais orgulhosa do mundo".

Segundo a família, a medicação foi retirada ao menino pelas 10h00, tendo "os seus sinais vitais permanecido completamente estáveis durante duas horas, até lhe retirarem o ventilador (...) Não há nada de digno em ver uma criança sufocar, nenhuma família devia passar pelo mesmo", afirmaram à porta do hospital. "É bárbaro".

Numa entrevista esta sexta-feira à Sky News, a mãe do jovem deixou claro que estavam esgotadas todas as opções para prolongar o suporte de vida a Archie e que as máquinas seriam desligadas este sábado.

"Tem sido muito difícil. Apesar da cara forte em frente às câmaras, estou destroçada".

Este caso abriu uma discussão nacional sobre a avaliação dos médicos contra as intenções dos familiares.

De acordo com a lei britânica, é comum que os tribunais intervenham quando os pais e os médicos estão em desacordo sobre o tratamento de uma criança.

Quando isso acontece, os direitos da criança sobrepõem-se ao direito dos pais para decidirem o que consideram melhor para os seus filhos.