“Apesar de todos os esforços de centenas de profissionais nas diferentes áreas, e da campanha de dádiva de sangue “O Amigo Secreto”, não foi possível dar resposta às necessidades de todos os componentes sanguíneos para realização de cirurgias, o que criou constrangimentos cirúrgicos na ULS Santa Maria”, adiantou o IPST em comunicado.
O instituto garantiu ainda que está a acompanhar a situação na ULS Santa Maria, em Lisboa, assim como no resto do país, e adiantou que os grupos sanguíneos mais afetados são o “A positivo”, “O positivo” e “B negativo”.
Segundo o IPST, os períodos de férias e a deslocação das pessoas para fora da sua área de residência, tradicionalmente, tornam “sempre mais difícil a manutenção das reservas em níveis confortáveis” nesta altura do ano.
“Este ano, porém, a instabilidade neste período começou a registar-se mais cedo, com a situação atípica e inédita do aumento de casos de doenças infeto-respiratórias e covid-19”, reafirmou o instituto, ao garantir que, perante isso, reforçou o pedido aos dadores e aos potenciais dadores para uma nova dádiva de sangue.
A entidade que monitoriza de forma permanente as reservas de sangue a nível nacional adiantou ainda que o planeamento das sessões de colheita tem em conta os condicionalismos desta época do ano, realizando-se colheita de sangue em locais de veraneio.
Os hospitais portugueses precisam de aproximadamente 1.100 unidades de sangue por dia para dar resposta às necessidades dos doentes.
O IPST, que é responsável por cerca de 60% das colheitas de sangue em Portugal, sendo os restantes 40% colhidos pelos serviços hospitalares, reiterou que uma dádiva não tem contraindicações para um adulto saudável.
Para ser uma pessoa dadora de sangue, tem de ter mais 18 anos, peso igual ou superior a 50 quilos e estar saudável, recordou o instituto, ao salientar que uma dádiva leva aproximadamente 30 minutos e pode ajudar a salvar até três vidas.
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