Só na área da matemática, o país precisa de 1500 novos docentes. Neste momento, apenas 53 estão inscritos em mestrado, o requisito mínimo necessário para a docência.
Nas outras áreas, a situação é igualmente “preocupante”, disse Carlinda Leite, professora catedrática e emérita da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, que coordenou o grupo de trabalho do estudo efetuado na Nova SBE.
O Português tem 103 inscritos em formação, vai precisar de mais de 2800 académicos. No campo da História, os alunos inscritos em mestrado são 111, vai precisar de 1258, e o Inglês, com 57 inscritos, vai precisar de 1311 até 2030.
O 3º ciclo e o ensino secundário são os mais preocupantes, referiu ao Público a coordenadora do estudo. O relatório diz que há 871 inscritos em cursos para professores do 1º ciclo, mas vão ser precisos mais de 4400 até 2030. No 2º ciclo, os números mostram haver maior proximidade entre os alunos inscritos em pós-graduações e os docentes necessários. Na Educação Física, por exemplo, o relatório diz que há 469 inscritos para uma necessidade de contratar 564 novos professores nos próximos 10 anos.
O relatório conclui que o ensino público terá de contratar cerca de 34 mil professores para responder às necessidades na próxima década. Para isso será necessário duplicar o números de inscritos nos respectivos mestrados, formação que habilita os candidatos à docência.
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