Em comunicado publicado na página da Internet do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora e consultado hoje pela agência Lusa, o MP refere que os arguidos estão acusados da prática dos crimes de escravidão e de tráfico de pessoas.

A vítima "trabalhou durante 26 anos" na propriedade agrícola "sem que lhe fosse paga qualquer remuneração", em situação de "absoluta dependência", realça o MP, indicando que os arguidos apoderaram-se dos seus documentos.

Com o despacho de acusação, foi deduzido um pedido de indemnização cível no valor de 30.468 euros, assinala o Ministério Público.

O caso remonta a 2013 e a investigação esteve a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ).

Na altura, o homem, de 63 anos e de nacionalidade angolana, foi resgatado pela GNR, após uma denúncia, revelaram à Lusa fontes judiciais e policiais.

As mesmas fontes indicaram que o homem foi encaminhado para uma instituição que acolhe vítimas de tráfico de pessoas, acabando por falecer, em novembro do ano passado, vítima de doença prolongada.