O projeto de alteração ao diploma que regula os turnos e o número de farmácias em serviço permanente e de disponibilidade ainda está em fase de aprovação, mas pretende que as farmácias que estão abertas durante 24 horas entrem nos turnos.
Uma nota da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) refere que o que se pretende é “garantir que o sistema de turnos está adaptado à realidade”, possibilitando “que se considerem as farmácias abertas durante 24 horas, numa determinada distância, e do concelho limítrofe, para a definição de turnos de serviço permanente e de disponibilidade das outras farmácias da mesma área”.
O novo regime de turnos será aplicado consoante as especificidades de cada região e devem ter a concordância dos respetivos municípios, indica ainda o Infarmed.
A Associação Nacional de Farmácias e o Ministério da Saúde estão ainda a preparar um projeto para entregar medicamentos aos doentes no período noturno e em situações de urgência sem que os utentes tenham de fazer deslocações.
“No período noturno, os portugueses em situações de urgência não terão de fazer deslocações, porque os medicamentos irão ter com eles sempre que necessário”, refere a Associação Nacional de Farmácias (ANF), em comunicado enviado à agência Lusa.
Um projeto-piloto deste novo serviço vai ser lançado ainda no verão, em Bragança, com o objetivo, segundo a nota da ANF, de “melhorar a interação e articulação entre o Serviço Nacional de Saúde e as farmácias”.
Estas notícias surgem no dia em que o Jornal de Notícias dá conta da proposta do Governo que pretende alterar o diploma que estabelece as farmácias que estão de serviço durante a noite, reduzindo as que estão de serviço permanente.
A associação que representa as farmácias afirma que “nenhum país europeu tem melhores tempos de acesso ao medicamento do que Portugal”.
Atualmente já há várias farmácias que estão abertas 24 horas por dia e outras que têm horários alargados até às 22:00 ou até às 24:00, independentemente das que estão de serviço.
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