Os autotestes à covid-19 estão a gerar uma elevada procura e há até farmácias que já estão a realizar listas de encomendas para quando estes estiverem disponíveis para venda, noticia o Jornal de Notícias.

A portaria do Ministério da Saúde que permite a utilização de testes rápidos de antigénio (TRAg) entrou em vigor no sábado, mas falta ainda a circular conjunta das autoridades de saúde para definir os respetivos critérios para a comercialização, que só deverá ser conhecida sexta-feira.

De acordo com a publicação, a presidente da Associação de Farmácias de Portugal (AFP), Manuela Pacheco, referiu muitas dúvidas em relação ao novo procedimento de diagnóstico, mas espera vê-las respondidas pela circular da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Entre as questões está de que forma e a que entidade deverão de ser comunicados os casos positivos.

Apesar de as autoridades ainda não terem definido os critérios, fornecedores estão a entregar material, segundo a publicação.

Os testes rápidos de antigénio podem ser realizados, até ao momento, apenas por profissionais de saúde e recorrem a amostras do nariz e da boca – além de saliva. Porém, a portaria pressupõe que alguns destes testes que apenas podiam ser realizados por profissionais de saúde tenham uma autorização excecional para que possam ser usados pelos utentes por seis meses, mas as análises rápidas à saliva não constam da estratégia da DGS.

Nuno Machado, do grupo Holon, admite que algumas farmácias já estejam a vender os respetivos testes rápidos em packs ou embalagens individuais por não ser claro se estão a cometer alguma ilegalidade.

O JN refere ainda que o Infarmed respondeu que "quando são detetadas situações de venda de quaisquer testes rápidos ao público, sem o devido enquadramento legal", são iniciadas "as ações necessárias para que a farmácia cesse essa prática” e que estão em curso ações de fiscalização.