Este ano, aumentaram os projetos portugueses apoiados pelo concurso da Iniciativa Ibérica de Investigação e Inovação Biomédica – i4b estabelecida entre a FCT e a Fundação “la Caixa”: Dos 30 projetos ibéricos, 12 são liderados por instituições e investigadores nacionais, anunciou hoje a FCT.
Os projetos portugueses escolhidos vêm de centros de investigação e universidades de várias regiões do país: seis do Norte (do Porto e de Braga), cinco de Lisboa e um de Coimbra.
Cinco dos 12 projetos serão financiados pela FCT que vai atribuir 2,6 milhões de euros do investimento total, para que os projetos sejam desenvolvidos durante os próximos três anos.
Na área oncológica foram selecionados trabalhos que se focam em melhorar a sobrevivência do doente e em tratamentos de cancros específicos como o da mama e do pulmão.
A investigação de Helder Maiato, do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, intitulada “Resistência a medicamentos e metástases, chaves para melhorar a sobrevivência ao cancro” é uma das selecionadas.
Melhorar os tratamentos contra o cancro é o objetivo do investigador Claus M. Azzalin, do Instituto de Medicina Molecular (IMM), que será financiado pela FCT.
Também do IMM, Miguel Castanho será apoiado durante os próximos três anos para “Encontrar uma forma de eliminar o cancro da mama e a sua metástase no cérebro” e João Barata vai investigar “Novos medicamentos para a imunoterapia contra o cancro do pulmão”.
Na área das neurociências, serão financiados vários trabalhos, como o do investigador João Filipe Oliveira, da Universidade do Minho que quer “Entender a origem da depressão para identificar novos alvos terapêuticos”.
“Entender como o stress afeta a função cognitiva para identificar novos alvos terapêuticos” é outro dos trabalhos vencedores, do investigador Paulo Pinheiro, do Centro de Neurociências e Biologia Celular.
Nas doenças infecciosas, foram escolhidas investigações que pretendem “entender as diferenças na gravidade da tuberculose como chave para a descoberta de novos tratamentos”, de Margarida Saraiva, do i3S, assim como o trabalho de Joana Azevedo, da Universidade do Minho, sobre “vírus sintéticos para o tratamento de infeções bacterianas”.
A “conceção de uma nova vacina contra a malária” do investigador Miguel Prudêncio, IMM, também foi selecionado.
Na área das doenças cardiovasculares e metabólicas serão apoiados trabalhos nacionais como os “Novos alvos terapêuticos para tratar o fígado gordo não alcoólico” de Cecília Rodrigues, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, e a investigação de José Bessa, i3S que quer “melhorar a compreensão da componente genética da diabetes para encontrar novos tratamentos”.
Desde que o concurso foi criado, em 2018, já foram financiados 29 projetos liderados por instituições portuguesas, promovendo a colaboração entre centros de investigação e universidades ibéricas, num investimento global de cerca de 22 milhões de euros.
“Os 30 projetos selecionados na edição de 2021 visam combater algumas das patologias com maior impacto na saúde a nível mundial”, sublinha a organização em comunicado.
O financiamento a projetos selecionados no âmbito deste concurso pode ascender até 500 mil euros, em três anos, para projetos apresentados por uma única organização de investigação, e até um milhão de euros também em três anos, para projetos apresentados por, no mínimo, duas e, no máximo, cinco organizações de investigação.
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