"É claro que não faz isso com todos, mas com a CGTP, com a Fenprof faz", afirmou o sindicalista no encerramento do 12.º Congresso do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), que decorreu na capital madeirense sob o lema "Ética, Docência e Sindicalismo: Sentidos, Razões e Consequências".

Mário Nogueira vincou que a palavra-chave deste congresso foi "lutar" e, com isso, lembrou que a luta já conduziu à perda da maioria de direita na Assembleia da República e à constituição de um novo Governo.

Por outro lado, enalteceu a importância das organizações sindicais, considerando-as "insubstituíveis", razão pela qual disse que o capital as elegeu como inimigas.

"É por estarmos cá que o capital elegeu os sindicatos como inimigos e que os meios de comunicação que esse capital detém, os grandes meios de comunicação social, procuraram denegrir, muitas vezes insultando, o papel dos sindicatos e dos seus dirigentes", afirmou.

O líder da Fenprof alertou, no entanto, que ao provar desse "veneno", o movimento sindical sente-o como "um tónico" que dá mais força para continuar a luta.

Referindo-se ao tema do congresso do SPM, Mário Nogueira sublinhou que a ética sindical constrói-se sobretudo nos locais de trabalho.

"Nada substitui a presença dos sindicalistas nos locais de trabalho, nas escolas, integrados no meio a que pertencem", reforçou, realçando ainda que ética é "ter princípios, ser rigoroso, nunca trair expetativas e não ceder" perante as dificuldades.

O dirigente sindical salientou, por outro lado, que o objetivo da Fenprof é o de ajudar, contribuir, pressionar e levar o governo atualmente em funções a "cumprir as suas obrigações" e a "não frustrar as expetativas" dos que esperam "políticas diferentes" de um executivo diferente.

"Porque, senão, da frustração à indignação e da indignação a outras situações mais complicadas era um saltinho", alertou.