“Para nós, é claramente insuficiente, tendo em conta o nível de precariedade que existe", disse aos jornalistas o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, no final de uma reunião no Ministério da Educação, em Lisboa.
De acordo com o dirigente sindical, está ainda “muito longe” um acordo negocial entre as partes.
Admitiu mesmo levar os professores a manifestarem-se à porta do Ministério da Educação, para exigirem o que consideram justo. “É sempre bom os professores assumirem a responsabilidade de exigirem o que é justo”, disse Mário Nogueira.
As estruturas sindicais têm estado a negociar com a tutela as regras para uma vinculação extraordinária de docentes e um novo regime de concursos de colocação.
Sobre este último diploma, a Fenprof admitiu ter havido alguns progressos em questões técnicas.
As negociações ainda não estão fechadas e a Fenprof espera receber novas propostas do ministério, durante a próxima semana, para serem discutidas numa reunião a realizar, em princípio, na sexta-feira, com a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.
Mário Nogueira indicou também que, entre segunda e quinta-feira, serão realizados 40 plenários nas escolas, para ouvir os professores e apresentar as medidas propostas pelo ministério.
Para já, o dirigente sindical deixou apenas uma certeza: “Têm de ser medidas que acabem com essa mancha de precariedade”, entre milhares de professores.
O Ministério da Educação quer que sejam vinculados todos os docentes com 12 anos de serviço ou mais, após profissionalização, e com cinco contratos nos últimos seis anos, contabilizados até ao final de agosto de 2016.
Na quinta-feira, a Federação Nacional de Educação (FNE) estimou que mais de seis mil professores contratados possam ser abrangidos pela vinculação extraordinária, nas regras propostas pelo Ministério da Educação, mas recusa-se a aceitá-las.
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