Mário Nogueira falava aos jornalistas após entregar no Ministério da Educação uma moção em que se reclama o início imediato das negociações para a contagem de nove anos, quatro meses e dois dias em que as carreiras dos docentes estiveram congeladas.
“O Governo tem que meter isso na cabeça, porque resolver isto é rápido, todos sabemos as posições uns dos outros”, declarou o secretário-geral da Fenprof, antes de iniciar, com centenas de professores concentrados junto ao Ministério da Educação, em Lisboa, uma marcha a pé até à Presidência do Conselho de Ministros.
Mário Nogueira reiterou que é o tempo certo para começar a negociar com a tutela, que “não pode continuar a adiar” a discussão sobre “o prazo e o modo de recuperar nove anos quatro meses e dois dias e nem mais uma hora”.
O dirigente sindical garantiu que o que “os professores mais querem é um final de ano tranquilo”, mas se a contagem do tempo não for, entretanto, resolvida, isso poderá complicar o ano letivo, nomeadamente as avaliações, por causa das “lutas, com certeza uma grande manifestação e greves” que admitem adotar para obterem “o que é justo”.
Na moção aprovada pelos professores que aderiram à manifestação, os docentes apontam como formas de luta “uma grande ação de protesto, sob a forma de manifestação nacional ainda durante o segundo período, e convocar “greve às atividades a realizar para além das 35 horas semanais de trabalho”.
Os professores comprometem-se ainda a recolher assinaturas num abaixo-assinado cujo destino será a tutela.
Comentários