No domingo, a sua candidatura conseguiu 42,02% dos votos, pelo que o PS perdeu a maioria absoluta na capital, ficando com menos três vereadores do que em 2013.

Hoje, quando questionado sobre o cenário político na capital, Medina mostrou-se “obviamente muito satisfeito”, elencando que “foi uma vitória importante”, mas recusou-se a revelar se já encetou contactos com alguma das restantes forças eleitas.

“É minha intenção que haja os entendimentos mais largos para a governação da cidade, como aliás já foi a prática neste mandato que está a cessar”, disse aos jornalistas, à margem da inauguração de um escritório de advogados na frente ribeirinha.

Em 2013, a candidatura do PS à Câmara de Lisboa, na altura encabeçada pelo agora primeiro-ministro, António Costa, conseguiu eleger 11 mandatos.

Durante o mandato que agora termina, o PS contou também com um acordo com os independentes Cidadãos por Lisboa, que se manteve nestas eleições.

Na noite eleitoral, Medina já se havia mostrado disponível para novos acordos, admitindo mesmo atribuir pelouros aos vereadores da oposição, “caso haja essa vontade”, de forma a ter “apoio para políticas” a concretizar.

No domingo, o PCP elegeu dois vereadores e o Bloco de Esquerda um, mas hoje o secretário-geral comunista recusou qualquer acordo pós-eleitoral na autarquia de Lisboa, embora mantendo uma postura construtiva.

“Por exemplo, em Lisboa, não existirá essa possibilidade de encontrar um modelo como foi encontrado ao nível nacional”, afirmou Jerónimo de Sousa, após reunião do comité central do PCP, na sede nacional do partido.

Já a coordenadora do BE, Catarina Martins, abriu a porta a um acordo neste município, adiantando que o assunto será discutido na terça-feira em Comissão Política.

Hoje, o presidente eleito reafirmou a disponibilidade para um acordo, “qualquer que fosse o resultado”, “como já foi prática no mandato que agora está a terminar, e será sempre prática no próximo mandato, a procura dos acordos mais abrangentes possíveis para governar a cidade, porque é assim que uma cidade deve ser governada”.

“Eu tive ocasião de repetir várias vezes que durante este mandato mais de 95% das propostas em Câmara foram aprovadas por mais do que o Partido Socialista, que tinha a maioria absoluta, e propostas importantes”, vincou Fernando Medina.

Falando em “cultura política”, o socialista advogou que “a cultura de governação da cidade deve procurar a abrangência”, sendo que “os ares do tempo no país também convocam mais a isso”.

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