“O líder parlamentar deve ser um referencial de estabilidade, tenho sido ou tentado ser esse referencial e quero continuar a ter essa atitude e que o grupo parlamentar seja uma referência de estabilidade”, afirmou Negrão, questionado pelos jornalistas sobre a situação interna do PSD, no final do debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República, em Lisboa.

“Não esperem do presidente do grupo parlamentar palavras de divisão”, acrescentou.

Questionado se este é o momento indicado para uma disputa interna, Negrão respondeu: “Veremos o que dirá Luís Montenegro. Nessa altura tiraremos conclusões”.

O líder parlamentar escusou-se a comentar cenários de eleições antecipadas no PSD, dizendo não saber o que vai dizer hoje o antigo presidente da bancada social-democrata.

“A posição do líder parlamentar é aguardar com expectativa a intervenção e as palavras do doutor Luís Montenegro”, afirmou.

Negrão negou que os deputados do PSD estejam nervosos – como sugeriu hoje o primeiro-ministro no debate quinzenal -, mas admitiu que a vida política “é baseada na imprevisibilidade” e considerou que “partidos inquietos” são “um bom sinal”.

Luís Montenegro falará hoje às 16:00, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e deverá apresentar a sua disponibilidade para se candidatar à liderança do PSD e pedir eleições antecipadas.