O Presidente da Tunísia morreu hoje aos 92 anos, após ter sido hospitalizado nos cuidados intensivos algumas horas antes.

Numa nota informativa enviada às redações, Eduardo Ferro Rodrigues indicou que expressou, em seu nome e em nome da Assembleia da República, o “mais sentido pesar” pela morte de Béji Caïd Essebsi numa carta enviada ao seu homólogo, o presidente da Assembleia Representativa do Povo Tunisino, Mohamed Ennaceur.

Na missiva enviada hoje à tarde ao homólogo tunisino, Ferro Rodrigues lembrou um encontro que teve com Béji Caïd Essebsi no âmbito de uma visita oficial que realizou à Tunísia em fevereiro de 2018.

Encontro em que testemunhou, segundo frisou Ferro Rodrigues na carta, “(…) as muitas qualidades do Presidente Béji Caïd Essebsi e o seu especial empenho no processo de consolidação democrática na Tunísia, nomeadamente por via das instituições democráticas e republicanas previstas no novo quadro jurídico-constitucional”.

Ainda desse encontro, Ferro Rodrigues recordou na missiva “a grande preocupação de Béji Caïd Essebsi, que é também a de Portugal, como país amigo, com as dificuldades que a instabilidade dos países da região coloca à consolidação plena da democracia na República Tunisina”.

Ferro Rodrigues concluiu, ainda na carta enviada a Mohamed Ennaceur, que o desaparecimento de Béji Caïd Essebsi, o primeiro Presidente democraticamente eleito da Tunísia, “constitui uma perda para o povo e para a nação tunisina, mas também para Portugal e para os portugueses, que perdem hoje alguém profundamente comprometido com o reforço do relacionamento bilateral” entre Lisboa e Tunes.

O primeiro Presidente democraticamente eleito em 2014, três anos após a queda de Zine el Abidine Ben Ali, Béji Caïd Essebsi morreu alguns meses antes do fim do seu mandato.

Veterano da política tunisina, Essebsi era o mais velho chefe de Estado do mundo em exercício depois da Rainha Isabel II.

O político serviu nos governos dos Presidentes Habib Bourguiba (1957-1987) e Zine el Abidine Ben Ali (1987- 2011), antes de ele mesmo assumir a Presidência em 2014, com a paradoxal missão de consolidar a jovem democracia.

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