Nice e Berlim são cidades em que o receio de atentados é particularmente temido, depois de ataques com camiões terem provocado 86 mortos na cidade francesa e mais 12 vítimas fatais na capital alemã.

Também Bagdade (Iraque), Ouagadougou (Burkina Faso), Istambul (Turquia), Orlando (Estados Unidos) e Bruxelas (Bélgica) são algumas das cidades que foram alvo de ataques indiscriminados no ano que hoje acaba.

Ainda assim, multidões esperam o fim de 2016 na Ásia, no Oriente Médio, na África, na Europa e na América e a entrada em 2017, um ano cheio de incertezas políticas e geopolíticas.

Sydney, a capital da Austrália, na Oceânia, foi a primeira grande cidade a passar para 2017, com mais de 1,5 milhões de pessoas a assistirem ao famoso fogo de artifício na emblemática baía, de onde se destaca ao edifício da ópera.

O espetáculo rendeu homenagem a artistas que desapareceram este ano, David Bowie e Prince.

Apesar da festa, a segurança não foi descurada e dois mil polícias, além dos já habituais, foram destacados em Sydney após ameaças de atentados terrorismo no país.

Em Tóquio, balões foram libertados, enquanto em Seul, centenas de milhares de sul-coreanos manifestaram-se para exigir a saída imediata da presidente Park Geun-hye, já deposta pelo Parlamento.

O novo Rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, numa saudação pela televisão, pediu aos seus súbditos unidade, que considerou a única maneira de “superar” todos os “obstáculos”.

Em todos os continentes, a segurança está no centro das preocupações.

A Indonésia disse ter frustrado um ataque planeado pelo Natal e, em Israel, foi emitido um alerta contra o risco “imediato” de ataques que podem atingir turistas israelitas na Índia.

Na Turquia, depois de vários atentados em Istambul e Ancara este ano, bem como o golpe de Estado frustrado em julho, as autoridades mantêm um controlo severo, havendo mesmo polícias vestidos de pai-natal para detetar qualquer comportamento anómalo no meio da multidão.

Em Nova Iorque, nos Estados Unidos, veículos-bloqueadores – incluindo camiões de lixo – estavam a ser colocados em “pontos estratégicos”, especialmente perto de Times Square, onde é esperado mais de um milhão de pessoas.

Em Berlim, com a capital alemã abalada pelo ataque contra um mercado de Natal a 19 de dezembro, blocos de betão e veículos blindados foram colocados perto da Porta de Brandemburgo, onde as pessoas já começam a chegar, estando proibido que levem mochilas, foguetes ou garrafas de vidro.

Depois de um ano de 2016 ainda ofuscado pelos ataques de 13 de Novembro de 2015 (em que morreram mais de 100 pessoas), Paris espera meio milhão de pessoas nos Champs-Elysées com segurança máxima. Cerca de 100.000 polícias e soldados foram mobilizados e novos dispositivos de proteção estão instalados, como, mais uma vez, blocos de cimento.

Em Moscovo, pelo segundo ano consecutivo, a Praça Vermelha será fechada ao grande público, com acesso limitado a 6.000 convidados.

No Rio, mais de dois milhões de pessoas são esperadas na habitual praia de fim de ano, a praia de Copacabana. Mas com a crise os fogos-de-artifício serão ligeiramente mais curtos.

A América é o último continente a mudar para o novo ano, que será cheio de incógnitas, começando com a entrada na Casa Branca de Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos, que já desejou um bom ano no Twitter “a todos”, mesmo aos “muitos inimigos”.

Quanto a Portugal, as forças de segurança reforçaram nos últimos dias as mensagens de consciencialização de que conduzir um veículo pode ser uma atividade perigosa, tendo sido preparado para este fim de semana um maior policiamento em zonas de saída/entrada de cidades, mais polícias em “zonas de grande aglomeração”, como “interfaces de transportes públicos e zonas de diversão noturna”.

Na Praça do Comércio, em Lisboa, esperam-se dezenas de milhares de pessoas para festejar o novo ano, mobilizando a PSP entre 300 a 400 agentes.

O trânsito na Baixa de Lisboa vai ainda sofrer alguns condicionamentos hoje à noite devido aos concertos inseridos nas festividades da passagem do ano, mas o Metro (parte da linha azul) vai funcionar toda a noite.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.