O produtor e diretor artístico dos Encontros Mágicos 2019, que atinge agora a sua 23.ª edição, Luís de Matos, expressou hoje “a convicção de que Coimbra possa ser vista como um exemplo”, nesta área, a nível internacional.
O mágico falava aos jornalistas, no salão nobre dos Paços do Concelho de Coimbra, numa conferência de imprensa para apresentação do cartaz e da programação da iniciativa, que reúne convidados de 10 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Colômbia, Espanha, Estados Unidos da América, França, México, Portugal e Reino Unido.
A qualidade dos protagonistas desta “arte transversal e universal” e a diversidade das suas origens geográficas “ajudam a dar dimensão” a mais uma edição dos Encontros Mágicos da cidade do Mondego, salientou.
“Em cada ano, temos a convicção de que podemos superar a capacidade de surpreender dos anteriores”, disse, numa sessão em que também interveio a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra, Carina Gomes.
Ligado à cidade desde os tempos em que frequentava o ensino superior, Luís de Matos, por escolha da autarquia liderada pelo socialista Manuel Machado, é o coordenador da equipa e do processo de candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura em 2027.
Na sua opinião, os Encontros Mágicos “têm um formato e uma dimensão que podem ombrear com os desafios” que se colocam à eventual organização da Capital Europeia da Cultura pela cidade, dentro de oito anos.
Com a realização do Festival Internacional de Magia, importa que Coimbra possa ser reconhecida “como um exemplo” no acolhimento de eventos de envergadura internacional, defendeu.
Durante uma semana, “o que cá se faz acaba por ter eco também além-fronteiras”, segundo Luís de Matos.
Produtor e diretor artístico da iniciativa, através da empresa Luís de Matos Produções, o mágico, oriundo de Ansião, no distrito de Leiria, frisou que o desejado sucesso desta edição deverá “ser o passaporte para a continuidade dos Encontros”, que, ao longo de 22 anos, se afirmaram como “área pela qual se reconhece” e valoriza a cidade universitária.
“Dirigem-se a Coimbra pessoas que habitualmente não a visitam”, sublinhou.
Entre outras novidades, Carina Gomes destacou o alargamento do festival a freguesias periféricas, como Antuzede, Trouxemil e São do Campo, assim como a sua estreia no Terreiro da Erva, um dos locais problemáticos da cidade em termos sociais e urbanísticos, no centro histórico.
A vereadora da Cultura realçou igualmente a exposição de 15 obras do mágico e artista plástico brasileiro Fabrini Crisci, no Convento São Francisco, na margem esquerda do rio Mondego.
Já no sábado e no domingo, antes da abertura oficial, em Coimbra, o festival tem uma extensão à Figueira da Foz, com a realização de alguns espetáculos.
O programa inclui ainda as galas internacionais no Convento de São Francisco, em Coimbra, aulas de magia, e o espetáculo Magia na Escuridão, concebido “para invisuais ou para sentir de olhos vendados”, apresentado pelo colombiano Juan Esteban Varela.
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