Paulo Mariano é candidato a presidir a Assembleia Municipal da Figueira da Foz pelo movimento independente "Figueira a Primeira", liderado por Santana Lopes. E, segundo o Público, é acusado pelo MP de se ter apropriado do recheio de um edifício que comprou em 2017 mas que se encontrava arrendado a uma empresa de transformação de plásticos.
De acordo com a acusação, o empresário, de 58 anos, conhecido a nível local pelos negócios no setor portuário, dos transportes rodoviários de mercadorias, terá ligado no dia 30 de dezembro de 2017 ao gerente da empresa que tinha arrendado o espaço a informar que esta devia de sair "imediatamente" do local porque a escritura de compra tinha sido "realizada livre de pessoa e bens".
Todavia, devido ao imenso material nas instalações, foi informado que o prazo de 45 dias estabelecido no contrato de arrendamento seria insuficiente para desocupar o edifício. Assim, foram agendadas duas reuniões — a primeira a 2 de janeiro — para estabelecer novas datas limite, tendo ficado acordado que até 15 de janeiro de 2018 os materiais tinham de ser retirados.
Paulo Mariano mandou, contudo, trocar as chaves de todas as portas de acesso e "levou matéria-prima para um local da sua propriedade" logo no dia 2 e utilizou seguranças privados para o efeito. A empresa apresentou depois disso uma queixa ao MP contra o empresário — que considera que ao dar instruções para a retirada e transporte dos bens Mariano "atuou com o propósito concretizado de se apropriar dos referidos bens".
Ao Público, o empresário escusou comentar essa "badalhoquice", mas frisou que "quem não deve, não teve". Já Santana Lopes disse só ter tomado conhecimento do assunto nos últimos dias, pelo que "terá de analisar" os contornos da situação.
(Notícia atualizada às 11:47)
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