De acordo com aquela lista, que inclui 3.500 cientistas de todo o mundo, dos quais nove portugueses, os artigos de Nuno Peres têm 21.684 citações nos últimos 20 anos, sendo cada artigo citado em média 278 vezes.
A instituição minhota realça ano comunicado que a presença de investigadores nacionais naquela lista "tem muita relevância, pois constitui um indicador da qualidade e do impacto internacional da ciência feita em Portugal”. E é, acrescenta, “um dos critérios para realizar rankings de instituições de ensino superior”.
A "Highly Cited Researchers" da Clarivate Analytics" é elaborada anualmente pela Clarivate Analytics, que adquiriu as bases Web of Science e Thomson Reuters, e "incide apenas nos artigos altamente citados, que representam 1% do que se publica no mundo".
O trabalho de Nuno Peres é, segundo o texto, "assim valorizado mundialmente e confirma que a estratégia da UMinho tem sido bem-sucedida, em particular do seu Departamento de Física e Centro de Física, os quais intensificaram esforços em investigação e visibilidade internacional".
Nuno Peres é professor catedrático e vice-presidente da Escola de Ciências da UMinho e o primeiro físico português a dedicar-se, desde 2004, à investigação do grafeno, a forma bidimensional do carbono com potenciais aplicações na eletrónica, na fotónica, nos materiais compósitos, nos sensores e nas ciências da vida.
Com 50 anos, natural de Arganil, Coimbra, é coautor do artigo de revisão mais citado sobre o grafeno, editado pelo jornal Reviews of Modern Physics, sendo coordenador do único projeto nacional do Graphene Flagship, um dos dois maiores programas científicos europeus em curso, com 500 milhões de euros de investimento.
O cientista da UMinho já venceu os prémios Gulbenkian Ciência, Seeds of Science e de Mérito à Investigação da UMinho. É membro da Academia das Ciências de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Física. Foi professor visitante em Turku (Finlândia), Boston (EUA), Dresden (Alemanha) e Singapura.
Além de Nuno Peres, são indicados no ‘ranking’ Miguel Araújo (Universidade de Évora) com 20.558 citações, Mário Figueiredo (Universidade de Lisboa) com 8.348 citações, Isabel Ferreira e Lilian Barros (ambas do Instituto Politécnico de Bragança), respetivamente com 8.162 e 3.914, e Delfim Torres (Universidade de Aveiro) com 2.756.
A lista destaca ainda os portugueses Gonçalo Abecasis (Universidade de Michigan, EUA), Inês Barroso (Universidade de Cambridge e Wellcome Trust Sanger Institute, Reino Unido) e Caetano Reis e Sousa (Francis Crick Institute, Reino Unido).
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