Um tiroteio no aeroporto de Fort Lauderdale, na Florida, nos Estados Unidos da América, esta sexta-feira, fez cinco vítimas mortais que não terão resistido aos ferimentos e treze feridos (dos quais 8 foram transportados para unidades hospitalares locais).
De acordo com a CNN, o atirador levava a arma utilizada no tiroteio na sua bagagem e vinha num voo com destino à Flórida proveniente do Canadá. Terá sido já no aeroporto de Fort Lauderdale, na zona de recolha de bagagem, que retirou a arma do saco e começou a disparar.
Segundo fontes esclareceram ao canal norte-americano, o suspeito terá ido à casa de banho para retirar e recarregar a arma, dando início ao tiroteio sem fazer qualquer tipo de comentários e aparentemente de forma aleatória.
Nos aeroportos dos EUA, recorde-se, é permitido efetuar o transporte de armas desde que este seja comunicado no momento do check-in.
O xerife do condado de Broward Steve Israel esclareceu que o cenário mais plausível passa para que o atirador tenha atuado sozinho.
As autoridades identificaram o atirador como sendo Esteban Santiago, de 26 anos, natural de Nova Jérsia. O suspeito, que está em custódia, tinha em sua posse uma identificação militar. A informação foi confirmada por Bill Nelson, senador da Flórida, à MSNBC.
De acordo com as recentes informações divulgadas por Steve Israel o atirador será um "extremista violento" e que segue vários grupos terroristas nas redes sociais. No entanto, avança a TVI24, as autoridades encarregues pela investigação não creem que exista uma ligação direta entre Santiago e os grupos, mas que este se trata de "um simpatizante" à procura de "atenção".
O Governador do Estado da Florida Rick Scott em declarações aos jornalistas presentes no aeroporto indicou "que os cidadãos da Florida não vão tolerar absurdos actos de violência" e que os autores vão ser responsabilizados em "toda a extensão da lei".
Scott disse ainda que este não era o momento para abrir uma discussão sobre as leis sobre armas, mas sim um momento de luto em respeito pelas vítimas e para rezar pelos feridos que estão hospitalizados.
O ex-porta voz da Casa Branca Ari Fleischer, que estava no aeroporto no momento do tiroteio, utilizou o Twitter para dar conta do que se passou no local.
"Estou no aeroporto de Fort Lauderdale. Foram disparados tiros. Está toda a gente a correr", começou por escrever. Na sua última publicação adiantou que "tudo parece calmo neste momento, mas a polícia não está a deixar ninguém sair do aeroporto - pelo menos não da área onde estou".
O Presidente-eleito Donald Trump já reagiu à situação na sua conta pessoal do Twitter. "A monitorizar a terrível situação na Florida. Acabei de falar com o Governador [Rick] Scott. As orações e pensamentos vão para todos. Fiquem a salvo!"
O incidente ocorreu no Terminal 2 da recolha de bagagens e as imagens transmitidas pela televisão mostravam pessoas a fugir do local, enquanto outras se refugiavam em diversas zonas do complexo ou escapavam para o exterior. Unidades especiais da polícia também foram enviadas para o local.
A polícia precisou ter sido alertada às 12:55 (17:55 em Lisboa). Este aeroporto no sudeste dos Estados Unidos é conhecido como um local de trânsito para numerosos turistas inscritos em cruzeiros, ou que viajam para as Caraíbas.
Em novembro de 2016, cerca de 2,5 milhões de passageiros passaram por este aeroporto internacional, adianta a CNN, acrescentando que existem aqui quatro terminais.
[Notícia atualizada às 22:53]
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