O incêndio deflagrou pouco depois das 17:00 e mobilizou mais de 90 elementos das forças de socorro e segurança, informou no domingo à agência Lusa fonte da Proteção Civil.
No mesmo dia, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Lisboa referiu que o fogo tinha atingido também alguns barracões, mas não ameaçava habitações.
Contudo, em declarações esta tarde à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), adiantou que o incêndio atingiu as instalações de um antigo paiol de armas do Exército, a cargo do Ministério da Defesa, onde viviam, em condições precárias, várias dezenas de pessoas, que tiveram de ser retiradas.
“Foi uma situação muito preocupante e que está a ser alvo de uma análise da nossa parte para saber o número exato de pessoas que têm de ser realojadas”, explicou o autarca.
Bernardino Soares referiu que o município tem estado em contacto com o Ministério da Defesa para que o Governo “assuma a sua responsabilidade na resolução deste problema”.
“Ao longo de cerca de uma década fizemos uma série de alertas para que o Ministério da Defesa interviesse, pois sabíamos da perigosidade, mas nunca obtivemos resposta. Agora, eles têm de se envolver na procura de uma solução para este problema”, sublinhou.
Sem referir um número exato de desalojados, o autarca de Loures (distrito de Lisboa) adiantou que as famílias retiradas do paiol pernoitaram no domingo no ginásio dos Bombeiros Voluntários de Sacavém.
“Foi uma situação de emergência e não será, porventura, o melhor local para estas pessoas ficarem. Durante o dia hoje vamos continuar a fazer um balanço e ver caso a caso, para encontrarmos uma alternativa”, concluiu.
Entretanto, em comunicado, o Bloco de Esquerda de Loures solidarizou-se com as famílias afetadas pelo incêndio e instou a Câmara Municipal e o Governo a encontrar, “de forma célere”, uma situação definitiva.
“Saudamos todas as forças de intervenção, dos bombeiros à proteção civil e à PSP, que rapidamente contribuíram para que esta tragédia não assumisse dimensões ainda maiores. Propomos que sejam tomadas medidas eficazes que previnam novos incêndios”, conclui a nota.
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