"Há um aprofundamento do conceito das boas práticas ambientais e da boa gestão energética no sentido de afirmar que isso hoje em dia faz parte da soberania que as Forças Armadas promovem e protegem", disse João Gomes Cravinho.

O ministro da Defesa falava em Constância, Santarém, onde entregou, em conjunto com o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, o 25.º prémio da Defesa Nacional e Ambiente à Brigada Mecanizada do Exército (BrigMec), no Campo Militar de Santa Margarida, pelo sistema de gestão ambiental desenvolvido por esta unidade militar.

O Campo Militar de Santa Margarida tem 67 hectares de áreas, dos quais 64 são terrenos florestais. Nas suas várias unidades trabalham diariamente cerca de 900 pessoas, entre militares e civis. O projeto vencedor, com a designação `BrigMec 3G´, consiste num sistema integrado de gestão ambiental, energético e agroflorestal.

Entre as valências que integram o sistema, os dois governantes visitaram hoje as placas de lavagem de carros de combate, a separação de hidrocarbonetos de águas residuais, compostagem e reaproveitamento de aparas (pellets de madeira), o trabalho do rebanho de cabras sapadoras e um sistema de iluminação LED.

Foi precisamente a "abordagem de conjunto - ambiental, energética e de economia circular - e a preocupação de juntar as várias dimensões", que o ministro da Defesa Nacional destacou, numa opinião partilhada pelo ministro do Ambiente.

"O que este projeto tem de relevante é esta transversalidade", destacou Matos Fernandes, tendo lembrado os objetivos políticos assumidos publicamente de Portugal ser um país "neutro de emissões carbónicas em 2050" e com um "roteiro" definido "para a neutralidade carbónica" e com "metas claras para cada setor", para lá chegar.

O governante disse que os portugueses são "líderes no mundo no combate e na prática" em relação às alterações climáticas, tendo referido que a média europeia de redução de emissões foi de 3%" ao passo que Portugal esteve "acima dos 9%".

Portugal é "dos países mais comprometidos do mundo e o que tem mais estruturada uma transição para uma economia hipocarbónica e regeneradora de recursos", vincou matos Fernandes, tendo feito notar que, "entre os vários cenários estudados", o que está em curso "é aquele que garante com mais certeza a neutralidade em 2050 e a aquele em que a economia mais cresce".

"Cada vez mais falar em ambiente é falar em investimento, mormente da produção de eletricidade a partir de fontes renováveis, de novas formas de consumo, novas formas de produção, novas formas de gerir recursos com maior cuidado", expressões que, notou Matos Fernandes, "aparecem mais depressa num compêndio de economia do que num compêndio de ecologia".

O Prémio Defesa Nacional e Ambiente, criado em 1993, distingue anualmente a unidade que melhor contributo preste para a qualidade do ambiente, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável, através da utilização eficiente dos recursos naturais, da promoção de boas práticas de gestão de ordenamento do território, da proteção e valorização do património natural e paisagístico e da biodiversidade.

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