"A bandeira do Estado [sírio] erguida sobre um edifício na cidade de Douma anunciou o controlo sobre esse local e, portanto, sobre toda a parte leste de Ghouta", afirmou o general Yuri Yevtushenko, citado pela Reuters.
Ontem, o general russo Viktor Poznikhir já avançava que a situação em Ghouta Oriental, último grande bastião rebelde na Síria, estava "completamente estabilizada".
“A situação está completamente estabilizada. As forças armadas russas estão a concluir a sua operação humanitária maciça conjuntamente com as forças governamentais sírias” na região, disse o general do Estado-Maior russo numa conferência de imprensa.
“Uma unidade da polícia militar russa vai ser destacada a partir de amanhã [quinta-feira] para garantir a segurança, manter a ordem e organizar a assistência aos habitantes de Douma”, disse, informação hoje confirmada pela agência de informação russa RIA.
O anúncio do controlo sobre Ghouta Oriental acontece no mesmo dia que a primeira-ministra britânica, Theresa May, se vai encontrar com os seus ministros para uma reunião de emergência, para discutir a resposta do Reino Unido ao alegado uso de armas químicas na Síria.
Segundo a imprensa britânica, Theresa May irá procurar junto deste gabinete aprovação para que o Reino Unido se junte à força tripartida, liderada pelos Estados e que conta com o apoio da França, contra o regime de Bashar al-Assad.
De referir que na terça-feira, os Estados Unidos, apoiados por aliados como França e o Reino Unido, admitiram uma resposta militar para eliminar a ameaça de ataques químicos pelas forças do regime de Bashar al-Assad.
A Síria nega qualquer utilização de armas químicas, assim como a Rússia, principal aliado do regime sírio, que afirmou que eventuais ataques ocidentais teriam “graves consequências”. Hoje, Moscovo advertiu contra qualquer ação na Síria que possa “desestabilizar a situação já frágil na região”.
Face à crescente tensão, a Casa Branca desmentiu ontem a iminência de um ataque contra o Governo do Presidente sírio Bachar al-Assad e insistiu que o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, está a analisar "outras opções" que tem disponíveis.
Na segunda-feira, Trump afirmou que levaria entre 24 e 48 horas para decidir sobre uma possível resposta militar à Síria devido ao ataque químico que alegadamente as forças próximas do governo perpetraram sobre a população de Douma, onde faleceram pelo menos 43 pessoas.
Apesar deste prazo já ter terminado, Sanders assegurou que o Presidente não estabeleceu uma "janela de tempo" concreta e sublinhou que durante a manhã Trump reuniu-se com os seus conselheiros de Segurança para estudar todas as "possibilidades".
Estas declarações foram feitas depois do próprio Trump ter ameaçado através da sua conta pessoal do Twitter, tanto a Síria como a Rússia, com um ataque de mísseis "suaves e novos e 'inteligentes'".
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