“Pedimos solenemente aos Republicanos que mudem de candidato”, declarou hoje o presidente da UDI, Jean-Christophe Lagarde, acrescentando que se não o fizerem a sua formação deixa cair a atual aliança.
A UDI tinha decidido na quarta-feira “suspender” a sua participação na campanha de Fillon, que mantém a sua candidatura contra ventos e marés, apesar de ter sido convocado pela justiça para ser acusado do escândalo dos alegados empregos fictícios criados para a sua esposa.
“A questão já não é a de saber se é ou não inocente – quero acreditar na sua inocência. Respeito a sua presunção de inocência”, explicou Jean-Christophe Lagarde.
“Mas o debate já não está aqui”, continuou. “O inquérito judicial que está em curso faz com ele já não possa defender e explicar aos franceses o projeto de alternância que é o nosso”, acrescentou.
Para Lagarde, “a alternância já não é possível com o candidato atual. Se os Republicanos mantiverem a candidatura de Fillon, o chefe do UDI prevê “um fracasso certo” desta.
Questionado sobre o seu eventual desejo de ver Alain Juppé, antigo primeiro-ministro derrotado na segunda volta da primária do centro e da direita, que escolheu Fillon em novembro, designado como o novo candidato presidencial, Lagarde respondeu que “a lógica seria evidentemente que, dado que o número um está incapacitado de fazer campanha, seja sucedido por quem ficou em segundo lugar”.
François Fillon, que vai fazer 63 anos em breve, está a enfrentar várias deserções e apelos à retirada da sua candidatura presidencial provenientes do seu próprio campo político.
Este antigo favorito da corrida eleitoral ao Eliseu caiu para o terceiro lugar nas sondagens, atrás da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, e do antigo ministro Emmanuel Macron do governo socialista do presidente François Hollande.
Já Alain Juppé chegaria ligeiramente à frente na primeira volta, prevista para 23 de abril, se fosse o candidato da direita, segundo uma sondagem, da Odoxa-Dentsu, divulgada hoje.
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