O jovem, que vive em Argenteuil, nos arredores da capital francesa, esteve preso no ano passado por apelar ao terrorismo. Durante a detenção, o homem de 23 anos que se diz “nacionalista” disse querer fazer um gesto político, matando o presidente da República na parada de 14 de julho, dia de França, nos Campos Elísios.
Agora, a dias do feriado nacional que festeja a Revolução Francesa (Dia da Bastilha), que contará, este ano, com a presença de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, a imprensa francesa diz que o jovem terá andado à procura de uma arma para fazer um ataque.
As novas informações, diz esta manhã a rádio francesa RMC, surgiram num site de videojogos. O jovem escreveu que procurava uma arma do tipo Kalashnikov para “cometer um atentado”. Estes comentários foram posteriormente enviados para a plataforma internet-signalement.gouv.fr, portal oficial do governo francês onde os internautas podem denunciar conteúdos ilícitos que encontrem online.
Quando as autoridades chegaram à sua residência, na passada quarta-feira, explica a RMC, o jovem ameaçou-os com um cutelo de cozinha. Duas outras armas brancas terão sido encontradas no carro do suspeito, porém, nenhuma arma de fogo, diz a mesma fonte.
“Desempregado e psicologicamente instável”, diz a RMC, o jovem esteve detido em 2016 por apelar ao terrorismo. No momento da sua detenção, no ano passado, para além de ameaçar matar o presidente francês no Dia da Bastilha (na altura Emmanuel Macron ainda não tinha sido eleito, estando o socialista François Hollande no poder), o jovem disse também querer atacar “negros, árabes, judeus ou homossexuais”, cita a rádio francesa.
No ano passado, em Nice, o Dia da Bastilha ficou marcado por um atentado que causou 87 mortos. Um camião avançou sobre a multidão que celebrava o dia de França no Passeio dos Ingleses.
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