Na apresentação do relatório anual no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, a Alta Comissária urgiu o executivo de Emmanuel Macron a “continuar o diálogo, incluindo um amplo debate nacional que neste momento não existe” sobre os “coletes amarelos”.

Bachelet referiu-se aos protestos semanais do movimento de contestação considerando que os “coletes amarelos” demonstram que uma parte da sociedade francesa se sente “excluída de direitos económicos e da participação em questões públicas”.

Milhares de franceses participam em manifestações desde o final de 2018 sendo que os primeiros protestos foram contra o anúncio sobre a subida do preço dos combustíveis, que não chegou a ser aprovado em virtude da contestação.

Nas últimas duas semanas, membros do movimento concentraram-se frente à sede europeia das Nações Unidas, em Genebra, para denunciar os atos de brutalidade da polícia durante as manifestações em França.

Durante as manifestações morreram mais de vinte pessoas, 1.800 ficaram feridas e, de acordo com dados do Ministério do Interior de França, mais de 8.000 manifestantes foram detidos.