O selecionador Francisco Neto descartou hoje, praticamente, a utilização de Fátima Pinto no embate de quinta-feira com o Vietname, da segunda jornada do Grupo E do Mundial feminino de 2023, em Hamilton, na Nova Zelândia.
“A Fátima Pinto para amanhã (quinta-feira) não me parece disponível, mas esperamos poder contar com ela para o próximo jogo. O departamento médico está a trabalhar intensamente com ela”, disse o técnico português, na conferencia de imprensa de antevisão do jogo.
Já no Waikato Stadium, que será o palco do encontro, marcado para as 19:30 (08:30 em Lisboa), Francisco Neto falou na possibilidade de fazer mais alterações no ‘onze’, mas sem avançar nomes.
“São jogos de três em três dias e é normal que haja algumas alterações, por gestão física ou a nível estratégico”, afirmou o selecionador português.
Francisco Neto garantiu que confia nas 23 eleitas: “Todas têm as suas características individuais, todas são importantes, todas aportam coisas diferentes, todas têm o seu papel”.
“Como equipa técnica, estamos muito felizes com o grupo de jogadoras que temos e cabe-nos decidir os momentos em que entram”, prosseguiu.
Quanto à estratégia para o jogo, está definida e passa por “conseguir ter a bola, encontrar a jogadora livre e colocar mais gente no último terço, no sentido de conseguir boas oportunidades de finalização”.
“É um adversário completamente diferente dos Países Baixos, que retira espaço aos adversários. Os Estados Unidos [venceram as vietnamitas por 3-0, na primeira jornada] tiveram dificuldades. Tentam defender bem e sair, com rapidez, em contra-ataque”, explicou.
Desta forma, a formação das ‘quinas’ terá de estar “muito concentrada e equilibrada”, de forma a conseguir uma vitória, que Francisco Neto gostaria de oferecer aos portugueses.
“Queremos muito dar uma alegria aos portugueses, que nos têm apoiado muito. Vamos tentar tudo para conseguir uma vitória”, prometeu, afirmando que este jogo só é o mais importante “porque é o próximo”.
Para o técnico, e apesar do desaire na estreia, no domingo, com os Países Baixos, em Dunedin, Portugal mostrou que está no Mundial2023 para competir.
“Depois do primeiro jogo, acreditamos que podemos lutar por pontos em todos os jogos. Agora temos o Vietname e, depois, com os Estados Unidos, acreditamos também que podemos lutar pelos pontos”, frisou.
Para já, é o Vietname e, juntando a estreia aos jogos realizados nos Europeus de 2017 e 2022, esta é a primeira vez que Portugal é favorito num jogo numa fase final.
“É a primeira vez numa fase final que jogamos com uma equipa abaixo de nós no ranking. Até aqui, estivemos sempre por baixo, mas isso não afeta nada. Temos sempre a pressão de representar o país, de conquistar pontos, de ganhar jogos, de fazer as coisas bem. Nada muda”, disse.
Francisco Neto lembrou que este grupo fez Portugal “acreditar e sonhar” e lembrou que a seleção já provou, vencendo adversários mais cotados, que “o ranking não vence jogos”.
“Temos de ser humildes e respeitar muito todos os adversários”, finalizou.
Ao lado de Francisco Neto, na conferência de imprensa, também esteve a central Sílvia Rebelo, que reconheceu que “a margem de erro é mínima”, depois de um primeiro resultado que não foi o que a equipa gostaria.
“O jogo com os Países Baixos é passado e estamos focadas no próximo jogo. O Vietname apresenta-nos problemas diferentes. Não vamos ter tantos espaços, mas estamos preparadas para isso”, disse.
A central lembrou os perigos: “Em transição, elas já mostraram que são fortes. Temos de estar muito equilibradas”.
Sílvia Rebelo finalizou com um ‘toque’ pessoal: “É um privilégio e um orgulho estar a jogar o meu primeiro Mundial aos 34 anos. Foi uma caminhada muito longa e só podemos estar orgulhosas pelo que fizemos”.
Depois do desaire com os Países Baixos (0-1 no domingo, em Dunedin), Portugal joga na quinta-feira, pelas 19:30 (08:30 em Lisboa), em Hamilton, contra o Vietname, que se estreou com uma derrota por 3-0 face aos Estados Unidos.
Para continuarem na corrida aos ‘oitavos’, prémio para as duas primeiras colocadas de cada grupo, as comandadas de Francisco Neto precisam de bater as asiáticas, num embate entre estreantes, da segunda ronda do Grupo E.
No mesmo dia, pelas 13:00 (02:00 em Lisboa), em Wellington, os Estados Unidos defrontam os Países Baixos, na reedição da final de 2019, então conquistada pelas norte-americanas, que venceram por 2-0.
*Reportagem de Pedro Belo da Fonseca, da agência Lusa
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