“Eu tenho a certeza absoluta que nas eleições legislativas eu vou receber o presente por estes dois anos de liderança que tenho à frente do CDS, depois disso serei naturalmente recandidato ao próximo congresso e irei vencê-lo e continuar como presidente do partido e multiplicar estes aniversários por mais um bom par de anos, espero eu passados no governo de Portugal”, afirmou.
Francisco Rodrigues dos Santos falava aos jornalistas no final de uma visita à Feira dos Carvalhos, em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), no dia em que se passam dois anos desde que foi eleito líder do partido.
Questionado sobre o facto de ter vindo a dizer que fará uma análise e uma reflexão sobre a liderança, mediante o resultado que o partido tiver nas eleições legislativas de domingo, o presidente do CDS-PP sustentou que a sua “análise naturalmente está sempre dependente dos resultados eleitorais”.
No entanto, salientou que “é otimista”.
“Eu sei que os resultados vão correr bem ao CDS e, nessa medida, os portugueses e o meu partido podem continuar a contar comigo”, afirmou.
Francisco Rodrigues dos Santos já tinha anunciado que seria recandidato no congresso que esteve marcado para o final de novembro, mas foi depois cancelado na sequência da situação política e a marcação de eleições legislativas.
Perante a insistência dos jornalistas, Rodrigues dos Santos defendeu que, se é “um otimista por natureza”, se em todas as eleições em que conduziu o partido o CDS alcançou “os resultados pretendidos” e se está “convencido, pelo carinho” que recebe dos portugueses nas ruas, que vai “ter um bom resultado eleitoral”, então “o certo é que continue como presidente do partido e vença o próximo congresso”, que já apontou para depois das eleições legislativas.
“Essa é a expectativa que eu tenho”, acrescentou.
Indicando estar “convencido que os portugueses vão compensar o esforço” que tem feito, Rodrigues dos Santos salientou que, “assim sendo”, continuará “líder do partido”, recusando que haja um tabu.
Instado a clarificar o que considera como um mau resultado no domingo, o líder centrista disse que o pior cenário para o CDS e o país “é não haver uma nova maioria de direita no parlamento”.
Questionado também se mantém a legitimidade política, uma vez que o mandato é de dois anos e o CDS teve um congresso marcado mas foi cancelado, Francisco Rodrigues dos Santos questionou se faria sentido “realizar um congresso num dia de semana”.
“Hoje é quarta-feira, em vez de estar na feira montávamos aqui umas tendas e fazíamos o congresso e o partido reunia”, ironizou.
E defendeu igualmente que “a legitimidade de um líder do CDS não é dada nem pelos jornalistas, nem pelos comentadores na televisão, nem pelas oposições internas, é dada pelos militantes do partido que votaram” em si no congresso, e um “líder só perde a legitimidade quando é substituído por outro”.
“Até lá o seu mandato está em vigor e eu sinto-me naturalmente com confiança para liderar esta gente, este partido e mobilizar o eleitorado de direita”, salientou.
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