“São trabalhadoras que recebem o salário mínimo e reivindicam um contrato coletivo de trabalho para passarem a ter uma carreira com progressão, direito ao pagamento de diuturnidades, redução da carga horária semanal, entre outros aspetos”, descreveu à Lusa Luís Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), estrutura que representa parte dos trabalhadores.
O dirigente sindical indicou que a adesão à greve – a segunda no espaço de menos de quatro meses – é de 100% e que por esse motivo a instituição teve mesmo de fechar.
O Centro Infantil de Crestuma é gerido pela Cruz Vermelha Portuguesa, sendo frequentado por cerca de 150 crianças, dos 4 meses aos 12 anos.
Outra das reivindicações das funcionárias, desde educadoras de infância, assistentes de ação educativa a assistentes de serviços gerais, que hoje se concentraram à porta do centro, é fazer apenas as funções para as quais estão contratadas.
“É que [as funcionarias] acabam por fazer outras para as quais não estão contratadas, como limpeza geral por exemplo. A direção devia contratar pessoas para essas funções”, defendeu Luís Figueiredo.
A agência Lusa contactou a Cruz Vermelha que, em resposta escrita, garantiu estar “comprometida com a melhoria das condições de trabalho dos seus colaboradores” e apontou que tem estado na mesa de negociações “ativamente empenhada no processo negocial de um acordo de empresa”, que, a concretizar-se, será “o primeiro alguma vez a ser implementado” na instituição.
“Com o objetivo de concluir este processo negocial, a CVP está uma vez mais esta terça-feira, 05 de março, presente à mesa das negociações, que se realizam com mediação da DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] e que tem o objetivo maior de contribuir para o bem-estar de todos os seus trabalhadores, garantindo que tenham condições laborais equitativas”, lê-se na resposta.
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