De acordo com um comunicado divulgado pela revista, Hefner morreu de causas naturais, rodeado pela família.

Nascido em Chicago, em 1926, Hefner fundou a Playboy em 1953 quando tinha 27 anos. Estudou arte, sociologia e psicologia na universidade, antes de se tornar revisor da revista Esquire, de onde saiu por não lhe ter sido dado um aumento de cinco dólares. Considerado o “profeta do hedonismo pop” pela revista Time, Hefner construiu um império financeiro, destacou-se pelo estilo de vida libertino e ficou associado à revolução sexual dos anos 1960 e 70.

"O meu pai viveu uma vida excepcional e impactante. Defendeu alguns dos movimentos sociais e culturais mais importantes do nosso tempo, a liberdade de expressão, os direitos civis e a liberdade sexual", destacou Cooper Hefner, filho de Hugh, no comunicado divulgado pela empresa. "Ele definiu um estilo de vida", acrescentou.

Também no Twitter a Playboy anunciou a morte de Hefner. A publicação vem acompanhada de uma imagem com uma famosa frase do empresário: "A vida é muito curta para viver o sonho de outra pessoa".

Em 2015, a revista Playboy anunciou que ia vai deixar de publicar fotografias de mulheres nuas e optar apenas pelas poses provocantes. A proibição de nudez imposta pela própria revista, e que durou cerca de um ano, terminou em 2017. A Playboy celebrou o regresso da nudez às páginas da revista no Twitter e no Facebook com o ‘hashtag’ “#NakedlsNormal”.

A primeira edição da revista tinha a atriz Marilyn Monroe na capa. Apesar de ser conhecida, principalmente, pela imagem da mulher, a revista publicou, ao longo dos anos, entrevistas com grandes figuras da história.

Foi na Playboy que Martin Luther King disse que “a América é hoje uma nação muito doente” e que o então futuro Presidente Jimmy Carter reconheceu ter desejado outras mulheres.

Pelas páginas da revista, com fotografias assinadas por nomes como Helmut Newton e Annie Leibovitz, passaram várias celebridades, desde as atrizes Kim Basinger, Sharon Stone ou Drew Barrymore até à cantora Madonna.