“Estão a acontecer pilhagens”, disse Hubert Minnis, em conferência de imprensa, acrescentando que as forças adicionais serão mantidas até que a lei e a ordem sejam restauradas.
Os militares contribuirão para garantir a lei e alertou que qualquer pessoa que pratique num ato de pilhagem será perseguida e sujeita à justiça, avisou o primeiro-ministro das Bahamas
Depois de confirmar que o novo número oficial de mortos é 20, avisou para a possibilidade desse número aumentar.
O Dorian afetou fortemente o arquipélago, sobre o qual permaneceu por muito tempo quase imóvel, com chuvas torrenciais.
Segundo o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, 60% de Marsh Harbour, a principal cidade das Ábaco, ficou destruída. O aeroporto ficou sob a água, com a pista inundada, e toda a zona parecia um lago.
As Nações Unidas indicaram na quarta-feira à noite que cerca de “70.000 pessoas precisam de ajuda imediata”.
Num contacto telefónico a partir de Nassau, o secretário-geral-adjunto para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, disse que a ONU tinha desbloqueado um milhão de dólares (cerca de 906 mil euros) do seu fundo de emergência para prestar os primeiros socorros aos afetados.
Antes, o secretário-geral da ONU, António Guterres, tinha referido que as Nações Unidas estavam a apoiar os esforços conduzidos pelo Governo das Bahamas e que iam integrar as equipas de avaliação enviadas para as áreas devastadas pelo furacão.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, adiantou que Guterres “permanece muito preocupado pelas dezenas de milhares de pessoas afetadas nas Grande Bahama e Ábaco” e que enviou condolências às famílias dos que morreram.
Os ventos severos e as águas castanhas e lamacentas destruíram ou danificaram gravemente milhares de casas, incapacitando a atividade de hospitais e deixando muitas pessoas presas em sótãos.
As Bahamas foram atingidas no domingo pelo mais forte furacão registado na história do arquipélago, que fustigou, principalmente, as ilhas Ábaco e Grande Bahama, com ventos até 295 quilómetros por hora e chuva torrencial, antes de seguir na terça-feira a sua rota em direção à Florida.
O furacão enfraqueceu para categoria 2, embora continue com ventos fortes de 175 quilómetros por hora, e segue agora em direção à costa sudeste dos Estados Unidos.
Vários milhões de pessoas na Florida, Geórgia e Carolina do Sul foram aconselhadas a sair dos locais próximos da costa, por onde Dorian deve passar.
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