“Ainda não podemos dar como terminado o período crítico porque as ilhas ainda estão sob efeito de forte agitação marítima com ondas que podem atingir os 20 metros e vento forte”, adiantou Carlos Ramalho, às 10:15 locais (11:15 em Lisboa).
De acordo com Carlos Ramalho, o aviso vermelho para o vento está em vigor até às 12:00 locais e para a agitação marítima até às 15:00.
“O aviso vermelho está em vigor para os grupos Central e Ocidental”, disse.
O furacão “Lorenzo” passou esta madrugada, entre as 04:00 e as 04:30, a cerca de 70 quilómetros a oeste das Flores ainda com categoria 2 na escala de Saffir-Simpson, mas no limite inferior, segundo uma nota enviada esta manhã pelo IPMA.
Às 09:00 locais, o “Lorenzo” estava a aproximadamente 355 quilómetros a norte/nordeste das Flores, com um deslocamento para nordeste a uma velocidade de 69 quilómetros por hora (km/h) e em afastamento do arquipélago.
Segundo Carlos Ramalho, mantêm-se as previsões de desagravamento do estado do tempo ao longo da tarde, não havendo alteração do aviso vermelho.
As rajadas máximas registadas pelo IPMA ocorreram às 08:25 locais no Corvo (aeroporto), com 163 km/h, às 05:00 nas Flores (aeroporto), com 142 km/hora, e às 04:00 no Faial (Horta), com 145 km/h.
O furacão “Lorenzo” perdeu força e está a deslocar-se rumo à Irlanda.
Devido à passagem do furacão pelas ilhas dos Açores, 39 pessoas ficaram desalojadas e a Proteção Civil registou 127 ocorrências, de acordo com o balanço oficial mais recente.
“Foram realojadas 39 pessoas, na sua maioria na ilha do Faial, tenho esta sido uma das mais afetadas, não se tendo registado, no entanto, qualquer vítima”, avançou o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, em comunicado de imprensa.
Na zona costeira do concelho das Lajes do Pico foram ainda retiradas "cerca de 100 pessoas", por precaução.
Segundo a entidade, durante o período da madrugada “foram registadas 127 ocorrências, nomeadamente duas na ilha do Corvo, 21 nas Flores, 46 na ilha do Faial, 20 no Pico, 19 de São Jorge, oito na Graciosa, nove na Terceira, e duas em São Miguel”.
“Estas ocorrências estão, sobretudo, relacionadas com obstruções de vias, danos em habitações, quedas de árvores, inundações e galgamentos costeiros”, avançou a Proteção Civil açoriana.
A entidade recomenda à população que “evite circular e que esteja atenta às informações e indicações da Proteção Civil, adotando as medidas de autoproteção”.
Comentários