"Não há base jurídica para as reivindicações marítimas alargadas" de Pequim no mar do Sul da China", sublinharam os ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7), na declaração final, divulgada depois de uma reunião de dois dias, no Japão.

"Opomo-nos às atividades de militarização da China na região", salientaram.

Em relação a Taiwan, os responsáveis declararam "não existir alteração das posições básicas dos membros do G7" sobre a ilha, garantindo que consideram "ser indispensável" a manutenção da paz e da estabilidade no estreito de Taiwan.

No documento, estão também refletidas "as preocupações" do G7 relativamente "à expansão contínua e acelerada do arsenal nuclear da China, apelando para "a estabilidade para uma maior transparência" sobre as armas nucleares.

Sem citar Pequim, a declaração comum compromete-se a reforçar a cooperação contra a "coerção económica", que consiste em restringir o comércio ou os investimentos exteriores para fins políticos.

No mesmo documento, os diplomatas pediram à Coreia do Norte para "se abster" de realizar qualquer novo ensaio nuclear ou de mísseis balísticos sob pena de uma "resposta robusta".

"Pedimos à Coreia do Norte para se abster de todas novas ações desestabilizadoras ou provocadoras", declararam. Caso contrário, haverá lugar a uma "resposta internacional rápida, unida e robusta".

Se o debate foi claramente dominado pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia e as ambições de Pequim no mar do sul da China, os ministros do G7 abordaram ainda várias outras questões e crises políticas mundiais, como o Sudão e o Afeganistão.

"Instamos todas as partes a porem um fim imediato à violência, desanuviar as tensões e restaurar o domínio civil no Sudão", de acordo com a mesma declaração.

Os confrontos entre o exército regular sudanês do general Abdel Fattah al-Burhane e as forças paramilitares do antigo aliado general Mohamed Hamdane Daglo, conhecido como "Hemedti", já causaram pelo menos 185 mortos e 1.800 feridos, desde sábado, indicou a ONU.

Por outro lado, os chefes da diplomacia do G7 exigiram "o fim imediato" da "proibição inaceitável" para as afegãs de trabalhar para organizações não-governamentais e para a ONU, anunciada este mês pelo Governo talibã no Afeganistão.

Condenaram ainda "as violações sistemáticas dos direitos humanos das mulheres e das jovens e a discriminação de membros de minorias religiosas e étnicas" pelas autoridades talibãs.

O Japão foi o país anfitrião desta reunião de dois dias por exercer a presidência rotativa do G7, que integra juntamente com Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido. A UE também participa no G7.

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