Kristalina Georgieva, que se juntou na quarta-feira à corrida pela liderança das Nações Unidas, submeter-se-á, como sucedeu com os restantes aspirantes, às perguntas da Assembleia Geral durante aproximadamente duas horas, acrescentam as mesmas fontes citadas pela EFE.
A Bulgária anunciou na quarta-feira a mudança da sua candidata ao cargo de secretário-geral da ONU, substituindo Irina Bokova por Kristalina Georgieva, candidata apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, considerada a mais difícil adversária do ex-primeiro-ministro português António Guterres.
Os 15 membros do Conselho de Segurança realizaram já cinco rondas de votação informais e secretas para tentar avançar na seleção do próximo líder das Nações Unidas, em que António Guterres se destacou como favorito, atendendo a que as venceu todas.
Dos 12 candidatos iniciais, três já renunciaram, pelo que com a entrada de Kristalina Georgieva são dez os aspirantes ao cargo.
A próxima votação do Conselho de Segurança é na próxima quarta-feira, dia 05, mas agora ficará a conhecer-se a posição dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU — Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido –, com poder de veto.
António Guterres não quis comentar na quarta-feira a entrada de Kristalina Georgieva na corrida à liderança das Nações Unidas, quando abordado pelos jornalistas, em Lisboa.
Em reação à nova candidatura nesta fase do processo, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse ver “com serenidade” a entrada na corrida de Kristalina Georgieva, salientando a altura e a forma como a candidatura de Guterres foi apresentada.
O Presidente da República comparou, por seu turno, a candidatura de Kristalina Georgieva às Nações Unidas a um concorrente que entra nos últimos 100 metros para tentar ganhar a maratona, sublinhando que António Guterres é um “maratonista natural”.
“Por princípio, Portugal respeita e saúda todas as candidaturas. No entanto, eu senti um pouco aquela sensação, tive aquela sensação de estar a ser corrida uma maratona e de repente aparecer um concorrente que entra nos últimos 100 metros para tentar ganhar a maratona”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, também na quarta-feira, em Lisboa.
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