“Arquiteto paisagista, agrónomo, político, professor universitário e ecologista quando mais ninguém o era, Gonçalo Ribeiro Telles, discípulo de Francisco Caldeira Cabral, consolidou a escola de arquitetura paisagista portuguesa, através de uma filosofia e praxis da paisagem que pôs ao serviço do país”, pode ler-se no voto de pesar, divulgado pela deputada através da rede social Twitter.
Destacando o seu percurso profissional e político, Joacine lembra como o ordenamento do território era um tema “caro” ao arquiteto, cuja obra “espalhada por todo o país, marcou sobretudo a capital, em pequenos projetos que hoje passam anónimos, mas também em grandes como a conceção do Plano Verde”.
“Mestre de todos e todas, avisou-nos: ‘um país onde a paisagem morre é um país onde a cultura desaparece e com ela a primeira razão de ser da independência, que justifica a existência duma comunidade e da sua cultura’”, cita a deputada.
A cerimónia fúnebre do arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, que morreu na quarta-feira aos 98 anos, realiza-se hoje na Igreja dos Jerónimos, em Lisboa, revelou a agência funerária.
O governo decretou para hoje um dia de luto nacional. Gonçalo Pereira Ribeiro Telles morreu na quarta-feira em casa, em Lisboa, aos 98 anos.
Figura pioneira na arquitetura paisagista em Portugal, Gonçalo Ribeiro Telles é autor de projetos relevantes em Lisboa, como os Corredores Verdes e os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, obra que assinou em conjunto com António Viana Barreto, e que viria a ser distinguido com o Prémio Valmor, em 1975.
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